quarta-feira, 30 de agosto de 2017

05 - POEMÁRIO * O sonho que morreu...






Bailava nos teus lábios de medronho

a dádiva da lenda que tu eras!

Sem condições, rendi-me à vida-sonho

de todas as sonhadas primaveras…



No verde-mar-assombro dos teus olhos

cruzei os mares todos da utopia…

Domei correntes, contornei escolhos,

cheguei ao mais além da fantasia…



No ninho dos teus braços virginais,

fui lenha, na lareira, a crepitar,

num sacrifício de alma… e tudo ardeu!



Depois, rumaste aos longes siderais…

Sem ti… sem mim… e lúgubre a pairar,

ficou a dor do sonho que morreu.





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 29 de Agosto de 2017.
*
Do livro em preparação ...e contigo eu morri nesse dia!

Sem comentários: