Que dia pode haver que te consagre,
se há tanto os dias todos já são teus?
Se todos nós, quer crentes, quer ateus,
em ti reconhecemos o milagre?
Teu ventre é o sacrário da promessa
que sempre, imperecível, é cumprida,
na vida que se dá de novo à vida,
num hino de louvor que nunca cessa.
O teu regaço terno embala o mundo,
o mundo que te esquece e que se perde
na horas em que mais de ti carece.
Do céu azul ao pélago profundo,
do luto preto à esperança verde,
até ausente, és tu quem permanece.
José Augusto de Carvalho
Alentejo, 29 de Abril de 2011.
1 comentário:
MÃE.
A TUA MÃE.
AS NOSSAS MÃES.
A MINNHA MÃE.
TODAS PRESENTES, neste poema de José Augusto.
abraço
João,
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