segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

05 - POEMÁRIO * O elogio da Mãe

                       




Que dia pode haver que te consagre,

se há tanto os dias todos já são teus?

Se todos nós, quer crentes, quer ateus,

em ti reconhecemos o milagre?



Teu ventre é o sacrário da promessa

que sempre, imperecível, é cumprida,

na vida que se dá de novo à vida,

num hino de louvor que nunca cessa.



O teu regaço terno embala o mundo,

o mundo que te esquece e que se perde

na horas em que mais de ti carece.



Do céu azul ao pélago profundo,

do luto preto à esperança verde,

até ausente, és tu quem permanece.






José Augusto de Carvalho
Alentejo, 29 de Abril de 2011.

1 comentário:

andrade da silva disse...

MÃE.

A TUA MÃE.
AS NOSSAS MÃES.
A MINNHA MÃE.

TODAS PRESENTES, neste poema de José Augusto.

abraço
João,