sexta-feira, 31 de julho de 2015

PAULO

"Emigrar e morrer longe de todos,só,é uma tragédia sem dimensão"


Paulo, nome de menino,
filho de sua mãe,
nascido, em Arganil.

Um dia,a Lisboa,aportou.
Novo futuro procurou.
Casou.
Tornou-se pai.

Mas esta Lisboa,
Este Portugal,
dão-lhe vida madrasta.
A crise, ainda, mais o espolia.
E a França, de sempre, atrai-o.

Novamente de partida,
busca o que Portugal lhe nega:
um vida com melhor sorriso:
É pai,
É marido.
É jovem.

A mulher jovem é;
A filha,ainda criança,
choram a sua partida
E, dois meses depois,o regresso.

Paulo vivo partiu,
agora,jaz morto.
Regressou a Arganil
em pesadelo de pinho.
O mundo desabou,
já, mundo não há.

Pobre Paulo!
Pobre família!
Gritei por ti, entre Portugal.
Mas o deserto desértico
não  sente:
Pedras e cardos.

Cai-me uma lágrima
fria,solitária.

Paulo!
Choro-te,
Choro-me.
Tanta gente,
choro-vos,todos:
todos sois vitimas.

Deserto, cardos,pedras
Eia:
A subhumanidade.

Paulo!...Paulo!....Paulo!....

Vejo-te na tua humildade,bondade, timidez....

DÓI-ME!

O mundo?...a Vida?...

Paulo até sempre!....

31 Julho 2015

joao

PS: os desertos, os cardos, as pedras feitas corações matam-me o Sol e o Sal da vida. A humanidade nunca deve ter existido,ou implodiu em nenhures. 

Que é, que é, foi ou será,o homem,a humanidade,o humanismo,ou,entre nós, Portugal de Abril?


O que existe será, exactamente igual ao que não exista,ou seja:O NADA ABSOLUTO????? MY GOD!

 Sei que há sempre mar ,e uma criança,uma mulher que sorriem ..e vento...nu...vida..    .but...

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