Fui surpreendido por esta dolorosa noticia e recordo o meu 1º encontro com o Mário e a grande surpresa que senti por ser o autor dos textos tão vigorosos que li antes de o conhecer: tinha a utopia que nunca morre com a idade.
Em muitos temas a minha discordância era profunda, mas nunca nos assuntos do maior sentido humanista da história,da politica e e da cidadania. Um Homem generoso.Um bom Amigo. Um português preocupado com Portugal e os portugueses.
A carta de Almeirim, produzida nesta localidade,pelo Mário, o Azevedo, o Milheiro outros e por mim é um grande documento -uma utopia da boa vontade, do amor e do possível.
Não estive presente fisicamente na reunião por motivos familiares, mas estive nas reuniões preparatórias. Apresentaria uma moção sobre a defesa da dignidade do nascimento até à morte e uma outra visão da família nuclear que abrangesse os direitos dos bissexuais e os melhores interesses de formação das crianças com a presença de duas figuras de vinculação: uma masculina e outra feminina, no caso das famílias homossexuais um outro parente ou pessoa próxima, no caso dos bissexuais tendo como base familiar a tríade. Facto que um dia há-de ser discutido, porque a % de indivíduos bissexuais é superior à de homossexuais.
Partiu um Homem bom.
Uma lágrima.
Um abraço solidário à sua filha, mulher, parentes e amigos.
andrade da silva
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