Nota: como seria útil
não passarem ao lado,mas... vão passar. Não fico só eu a perder. Pensem
nisto...
A partir de hoje
iniciaram- se as batalhas decisivas desta
guerra: Europa sim- saída do euro;troika até ao fim, troika já para a
rua. E se os campos estão muito claros, as consequências não.
O Governo perdeu, os seus
testas de ferro perderam, são incompetentes e vão
perder a cabeça. O PSD teve uma derrota vergonhosa, o
PS ganhou, mas o PCP é que se considera o vencedor: tem
ideias claras e os combatentes, o que vem pôr a nu a mentira da aceitação
das barbaridades da troika, como o bom caminho.
O PSD perdeu, a troika vai pedir contas
e, quiçá, vingar-se dos portugueses, naturalmente vai
encostar-nos mais à Grécia, a táctica de Kissinger em 1975, a ameaça
comunista cresce. E dentro disto que fará o PS?
Cada vez mais inseguro, o
PS, chama já o 1º Ministro que os banqueiros querem - o
sr. Costa, ou, então, o PS vai dar de chofres pela pressão do PCP e do
PSD na indecisão tremenda dos acordos parciais com o PSD,
balões de oxigénio ao governo, o que, será aproveitado
pelo PCP para conotá-lo com a direita e o remeter para esse seu espaço, quase
natural, e se não se diminuir, assim, a vingança da troika, seremos uma
quase-Grécia.
Paralelamente assiste-se ao
movimento alternativa democrática para dar uma
cor mais plural à
alternância PS, levando um pouco mais de
retórica e filosofia aos discursos
herméticos de José Seguro, com a sua projecção na
presidência da República, através do Prof Nóvoa, servindo também as
novas alternativas como uma plataforma de namoro ao PCP.
É uma estratégia inteligente
bem delineada no papel, mas irrealizável, porque não pode contar
com o PCP. O seu projecto é outro, é divergente em relação ao do PS
em sentido estrito, mas também lato. O Projecto do PCP, no fundo é
sair do euro, o do PS e das alternativas é melhorar a
arquitectura financeira da zona euro, sem o que não há
estado social para ninguém, mas sim uma
sociedade dicotómica com apoio social para os matematicamente excluídos,
realidade que afasta o PCP, por
completo.
Nestas circunstâncias com uma
Sra-Merkel empedernida e inflexível virão mais CASTIGOS,
com um PSD de cabeça perdida, logo pronto à prática
de grandes barbaridades; um PR que é parte do problema, um
PS com o seu 1º Ministro e líder empatado
na Câmara de Lisboa e um PCP e a intersindical
que consideram que o seu programa politico foi votado, e que este
governo tem de cair e a troika partir, e disso vai dar viva expressão na rua,
restará, por certo, que a troika, se ajudada por este governo,
puna mais Portugal, aproximando a situação portuguesa da
grega, promovendo a fome para vergar a resistência,
como fizeram na Grécia, por agora, com êxito.
Fora deste
sinistro quadro poderia surgir novos interpretes nacionais, para
uma solução Nacional de conquista da Liberdade e da
Independência nacional, o que significaria sofrimento, miséria imensa,
viver com o que produzimos e podemos produzir, todavia com um fim à vista e um
Objectivo a conquistar - a Independência nacional, mas
este projecto Nacional exige uma nova liderança que visualize o Futuro,e
como esta liderança não existe, os desfechos
mais prováveis é um intensificação das lutas do PCP e da
inter que cada vez mais obrigarão o PS a chamar o
seu líder emergente, para o palco da luta nacional
Mas se assim não acontecer, e
não houver um projecto nacional, o sistema politico deixa de
funcionar de um modo racional, e, então, tudo
é possível: caos, ditadura, miséria , revolta, submissão.
Seria importante um
projecto Nacional Alternativo, mas a pobreza franciscana das
candidaturas independentes não permitem perspectivar alguma janela,
pese embora, a diferença da, do Porto: um homem de
uma geração mais nova, por ora, um mero tecnocrata, mas que
pode ser tocado pelo raio da chama da Pátria e despertar para
voos pátrios, que não podem ter as
suas âncoras na tecnocracia , mas sem nunca a
esquecer, tem de mergulhar sobretudo na história, no povo,
na defesa da dignidade humana, etc, e, para isto é preciso uma Alma
e um coração que as folhas de excel não contêm.
Neste cenário o
mais provável será irmos de pântano em pântano, até
à insuportabilidade absoluta, em que morrer ou viver já pouco
conta, surgindo a luta violenta como a porta aberta
para uma qualquer liberdade: vida ou morte.
Será isto que os portugueses desejam?
andrade da silva
PS: reflicto sobre
a história, não sou um fazedor da história, sou um mero
pregão, não pago por ninguém, então, porque alguns/muitos tanto me
maltratam e riscam-me, como se tivesse algum vírus, e, daí, a
quarentena em que me colocam. Mas se não quero nada para mim,
porque o fazem, para punir o meu suposto narcisismo,
porquê?
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