terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Caras cidadãs e cidadãos


Caras cidadãs e cidadãosUm capitão de Abril que tenha vivido sempre à luz dos ideias de Abril nunca dirá que é preciso mais dinheiro para comprar verdadeiras inutilidades, que matam a terra e sacrificam à doença, à fome e à morte milhares dos nossos queridos irmãos africanos, asiáticos e outros.

De um capitão de Abril ouvirão uma dura critica à proliferação de grandes superfícies de consumo que matam o pequeno comércio, mas também um forte apelo para que se invista mais em formação profissional, em melhor escolas, hospitais, segurança na velhice e nas ruas, melhor acesso aos bens culturais e ao desporto, se dê mais atenção ao desenvolvimento dos nossos jovens, se combata a marginalidade e a toxicodependência, se varra o lixo tóxico em violência e programas sem estética ou real valor das Televisões que guiadas pelo lucro fácil produzem subprodutos que só podem influenciar a emergência de comportamentos violentos e destrutivos das pessoas e dos valores, o que, não permitirá o desenvolvimento harmonioso da nossa sociedade.

De um capitão de Abril ouvirão que é urgente regressar a Abril, para aprofundar a democracia, moralizar a política, extirpar dos partidos os quistos da perversidade humana, combater todos os ditadores e corruptos, e entregar o governo do País a uma plêiade de mulheres e homens sábios que nos conduzam com equidade, justiça e em liberdade para o bem comum.

Seria importante que o fizéssemos por nós, mas também para servirmos de alguma luz ao nosso planeta em que reina mais a violência do que o dar as mãos para construir o futuro. Dêmos este novo modo de fazer política ao mundo.

Cidadãs, cidadãos

Se formos coerentes, justos, trabalhadores com mérito, determinados e conscientes podemos conseguir este desidrato, o de transformar este Portugal doente, num Portugal da liberdade, da Fraternidade e da Justiça Social. Temos de trazer através da nossa militância de porta a porta, nos bares, nos transportes, nos empregos, na vizinhança, na família, mais gente, muita mais gente para o nosso campo.

Ninguém nas eleições deve ficar em casa. Todos devemos votar, mas ser muito, muito mais exigentes com os partidos políticos.

É preciso que nós todos e muitos mais, através de um amplo, forte, inevitável e invencível, porque não sai do terreno, movimento de cidadania quebre a arrogância dos ricos, dos poderosos e dos políticos que têm um poder que lhes delegamos, porque a sede do poder, constitucionalmente, reside no Povo, para que todos cumpram os seus deveres profissionais, morais, éticos e sociais para com o país.

O sonho, sonhado em 25 de Abril 74, tem de se tornar realidade, sonho-concreto, e, para isso, temos de ir além das puras acções de resistência, devemos criar organizações fortes para exigirmos um combate eficaz e com resultados contra a corrupção, ou seja, os corruptos têm de ser presos, e não podem ser nomeados para novos cargos públicos, onde, podem continuar com a sua actividade.

Temos de exigir melhor e mais formação profissional para os jovens e para quem trabalha ao longo da carreira, só assim se podem ganhar qualificações e ter acesso a melhores e mais bem remunerados empregos.


Exigir melhor saúde e mais apoio aos idosos.

Exigir melhor escola com professores competentes e motivados, mas também com as escolas mais bem apetrechadas, para melhor puderem transmitir aos nossos jovens e universitários melhores e mais actuais competências.

Temos de exigir como imperativo de solidariedade e de liberdade melhor segurança social, mas também segurança nas ruas, porque não podemos ficar prisioneiros nas nossas casas, para que as ruas fiquem nas mãos dos marginais. A polícia é para estar nas ruas também à noite.

Combater o consumismo louco que mata a terra e torna os pobres mais pobres e os produtores de inutilidades mais ricos. Como é possível que Portugal um dos países com mais dificuldades tenha mais e as maiores superfícies comerciais, com o sacrifício do pequeno comércio, o que, torna desertas as nossas cidades?

É preciso, repito, denunciar a má qualidade das nossas televisões que seguindo a obsessão do que o que importa é ganhar muito, muito, dinheiro apresentam programas de má qualidade que exploram ao máximo a intriga, a violência, a inveja, constituindo-se em verdadeiros produtos tóxicos.


Caras Cidadãs e cidadãos

Por tudo o que já conseguimos vitoriamos o 25 de Abril, por tudo o que ainda falta conseguir que é ainda muito, muitíssimo, em nome daquela aurora da juventude do 25 de Abril de 1974 apelo a todos, mas de um modo particular aos jovens de hoje, para que não deixem morrer a oportunidade que o 25 de Abril abriu de se conseguir viver num país de todos e não de meia dúzia, porque o dos senhores era o Portugal fascista que foi derrubado em 25 de Abril 74 por centenas de soldados e dezenas de jovens sargentos e oficiais, apoiados pelo povo, nomeadamente pelo de Almada e do Pragal que alimentaram e vitoriaram por todas estas ruas a poderosa força da Escola Prática de Artilharia de Vendas Novas, forte na sua força militar, mas sobretudo nas suas convicções.

Por tudo isto e para continuar Abril aqui estamos, certos, de que tudo valeu a pena, e certos de que valerá a pena lutarmos pelo futuro com mais democracia, isto é, justiça, honestidade, melhores empregos, segurança ,escola saúde, desporto e ambiente, por tudo isto:

VIVA O 25 de Abril!
VIVA Almada!
VIVA A GESTA MILITAR Do 25 de Abril!
Viva a juventude Portuguesa!
Vivam os Portugueses!
VIVA PORTUGAL!

5 comentários:

andrade da silva disse...

Que mais pode um capitão de Abril fazer?
Fiz esta exortação no dia 25 de Abril 2009, em Almada, alguém deu atenção?

Obrigado Marília por o recordar.
abraço
asilva

Marília Gonçalves disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
andrade da silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marília Gonçalves disse...

Pobres de nós e pobre Portugal!!!

Porque nunca é demais repetir: A União Faz a Força!!
(e os mundialistas, souberam tirar partido disso)

e Nós Esperamos o Quê?


Parábola dos sete vimes


Era uma vez um pai que tinha sete filhos. Quando estava para morrer, chamou-os todos sete e disse-lhes assim:
- Filhos, já sei que não posso durar muito; mas antes de morrer, quero que cada um de vós me vá buscar um vime seco, e mo traga aqui.
- Eu também? - perguntou o mais pequeno, que tinha só 4 anos. O mais velho tinha 25, e era um rapaz muito reforçado e o mais valente da freguesia.
- Tu também - respondeu o pai ao mais pequeno.
Saíram os sete filhos; e daí a pouco tornaram a voltar, trazendo cada um seu vime seco.
O pai pegou no vime que trouxe o filho mais velho e entregou-o ao mais novinho, dizendo:
- Parte esse vime.
O pequeno partiu o vime, e não lhe custou nada a partir.
Depois o pai entregou ao mesmo filho mais novo, e disse-lhe:
- Agora parte também esse.
O pequeno partiu-o; e partiu, um a um, todos os outros, que o pai lhe foi entregando, e não lhe custou nada parti-los todos.
Partido o último, o pai disse outra vez aos filhos:
- Agora ide por outro vime e trazei-mo.
Os filhos tornaram a sair, e daí a pouco estavam outra vez ao pé do pai, cada um com seu vime.
- Agora dai-mos cá - disse o pai.
E dos vimes todos fez um feixe, atando-os com um vincelho.
E voltando-se para o filho mais velho, disse-lhe assim:
- Toma este feixe! Parte-o!
O filho empregou quanta força tinha, mas não foi capaz de partir o feixe.
- Não podes? - perguntou ele ao filho.
- Não, meu pai, não posso.
- E algum de vós é capaz de o partir? Experimentai.
- Não foi nenhum capaz de o partir?, nem dois juntos, nem três nem todos juntos.
O pai disse-lhes então:
- Meus filhos, o mais pequenino de vós partiu sem lhe custar nada os vimes, enquanto os partiu um por um; e o mais velho de vós não pôde parti-los todos juntos: nem vós, todos juntos, fostes capazes de partir o feixe. Pois bem, lembrai-vos disto e do que vos vou dizer: enquanto vós todos estiverdes unidos, como irmãos que sois, ninguém zombará de vós, nem vos fará mal, ou vencerá. Mas logo que vos separeis, ou reine entre vós a desunião, facilmente sereis vencidos.
Acabou de dizer isto e morreu - e os filhos foram muito felizes, porque viveram sempre em boa irmandade ajudando-se sempre uns aos outros; e como não houve forças que os desunissem, também nunca houve forças que os vencessem".
Trindade Coelho.


Photo : Porque nunca é demais repetir: A União Faz a Força!! (e os mundialistas, souberam tirar partido disso) e Nós Esperamos o Quê?

andrade da silva disse...

surpreendentemente ou talvez não, mas para completa surpresa minha, apesar de ter sido convidado pela câmara,através da A25A para ir às comemorações do 25 de Abril 2009,onde proferi estas palavras, ninguém da Câmara,apesar da presidente ter presidido ás cerimonia mas pediu,para ficar sequer como memória.... coisas que as teias do diabo tecem...

asilva