segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

LÁGRIMAS DE NOVEMBRO.


No dia da Morte do Comandante do ataque  ao Regimento de Lanceiros de Lisboa, em 25 de Novembro 75.

Sem rancor, nem odeio, mas com sentimento caem-me lágrimas, choro:

Pelos soldados  mortos dos Comandos e da Policia do Exército no ataque que os comandos de Jaime Neves desencadearam ao regimento de Lanceiros,  depois do Comandante da Unidade, major Campos de Andrada ter comunicado ao  general Vasco Lourenço que a unidade estava às ordens do Presidente da República, logo dentro do canal de Comando, então,  porque morreram estes filhos fardados do Povo,e o que se comemora no 25 de Novembro?

Choro as mortes de Caravela e Casquinha,  em 1979,  no Escoural, para a aplicação brutal da lei contra a economia e os interesses do País  de António Barreto e as mortes de outras vitimas destas convulsões.

Choro as mortes  prematuras dos meus camaradas capitão Miranda e capitão Amílcar, em quem as consequências o 25 de Novembro  75  muito se fizeram  sentir, sobretudo, no Miranda, mas também no Amílcar Rodrigues que  a mim se queixou das provocações a que foi sujeito no quartel.

Choro pelos que morreram  sem nenhuma culpa formada, e não a morte dos que deviam ter evitado estas tragédias, que representam para os próprios e as suas famílias 100% de baixas, como muito bem dizia o general americano da II guerra - Douglas Macarthur.

CHOREMOS O SANGUE VERTIDO PELO POVO E PELOS SEUS FILHOS.

UMA LÁGRIMA, serenamente...

andrade da silca

2 comentários:

Bichodeconta disse...

Paz á sua alma..Mais não consigo escrever, ou melhor, consigo, mas não quero e não devo pelo respeito que me merece alguém que parte nesta derradeira viagem

andrade da silva disse...

Simplesmente falo dos comportamentos históricos que exigem respostas, quer estejam vivos ou mortos os seus protagonistas, e quanto a estas respostas e às desculpas e reconhecimento da dor das famílias por estas mortes por quem representa Portugal já o tenho solicitado e vou continuar,porque é um acto de justiça.
Naturalmente a minha atitude é com a história e não com a pessoa do meu camarada de armas que partiu,e sobretudo porque partiu, todavia ele cumpriu ORDENS, quem lhas deu, e porque não as susteve, seja como for toda a mortes do 25 e Novembro 75 NÃO PODERIAM TER ACONTECIDO EM TERMOS MILITARES e as do Escoural, em 1979, em termos legais. Logo...
asilva