domingo, 14 de outubro de 2012

EM DIA DE ABRIL – UM EPÍLOGO: A QUEDA DESTE GOVERNO E UM FUTURO (?)


                               ( Cantares da Resistência na Praça de Espanha em 13 OUT 2012)

                           " A BOMBA DE NEUTRÕES DO OGE MATARÁ O GOVERNO."


Em dia que por todo o Portugal ressoam as canções da Resistência,  revivi  Abril. As mesmas canções, então, porque dizem que Abril é o passado?

Quem tem estado nas ruas, e andou pelos caminhos de Abril vê a gente de sempre, os mesmos gestos e as mesmas canções, mas  onde está o divórcio de Abril,  serei eu o  fantasista, ou alguém está noutro planeta?

 Todavia, nestes dias, o derrotado é sempre o mesmo - O GOVERNO- O seu dia  D da derrota  já chegou, ou vai chegar  em breve.

O POVO: plebeus e classe média, estão  em pé de guerra na Rua, sob orientações várias, o que, para o dia  D+1, levanta  a questão de quem será governo.

 Na minha percepção, no actual estado de pré-revolta e face às organizações no Terreno, as Forças Armadas terão uma palavra a dizer para na tansicção garantirem ao Presidente  da República as condições para  o encontro  de uma solução democrática, para o dia D e nos que se seguem, e, se o Presidente da República não quiser, ou  não puder ser parte da solução, então, a Instituição Nacional com a responsabilidade de defender a Pátria  deverá cumprir a sua MISSÃO.

Mas seja como for, os militares, as  Forças de Seguranças, as suas associações devem  de dar um inequívoco,  público e  massivo testemunho, em conjunto e em simultâneo, que como cidadãos e profissionais estão a ser, todos, destruídos pela BOMBA DE NEUTRÕES DO OGE 2013, e OGE seguintes, sob o comando totalitário da Alemanha e submissão total do governo português. Submissão  que leva  a questionar  o  porquê, exactamente por estar  muito para além de se ter  de honrar os compromissos,     pagar o que se deve, e viver-se, sem se deixar levar pelo canto da sereia bancária, num sistema politico probo, honesto, competente, patriótico e humanizado.

Tudo diferente do 25 de Abril, nem tanto, não há guerra militar, mas há uma verdadeira guerra financeira entre a Alemanha e o Sul da Europa que nos leva a uma economia mais grave ou tão grave que a de muitos períodos da guerra, e, agora, como no 25 de Abril, o povo, multidões e multidões,  tomaram a rua, quem os vai tirar de lá, no 25 de Abril, foi com o 25 de Novembro 75, e, agora?

Aos que pensam que quando a chuva vier os ânimos acalmam, estão enganados, porque a coisa: os impostos, o desemprego, o desnorte  apertam, e, como se   entende que o governo fica barata tonta com as “manifes”, logo, estas até, segundo o principio da psicologia do reforço positivo – o governou recuou – vão continuar até pelo menos à sua demissão, depois logo se verá.

  Seria avisado dar atenção ao facto de que  muitas  das Forças endógenas destes movimentos querem  a  superação do actual modelo de governação, com modelos  alternativos   ANTAGÓNICOS,  basta andar nas ruas  com olhos de ver, ouvidos de ouvir e sinapses a trabalharem etc.

 Logo, neste provável quadro, na minha opinião, só  uma INSTITUIÇÃO NACIONAL COM FORÇA ÉTICA poderá garantir a paz e a democracia, ou poderá haver tentativas de umas forças liderantes do protesto eliminarem ou dominarem as outras pela violência, revolta civil; ou no prosseguimento da consolidação do poder que crêem estar nas suas possibilidades conquistarem, imporem regimes autorotários. Esta  situação  é tanto mais complexa, quanto o Partido Socialista está a perceber muito pouco ou nada do que se está a passar, e ainda vive com a Troika, muito longe do país real.

Coisas… se isto nada se parece com Abril, não sei o que sejam semelhanças com irmãos gémeos verdadeiros, mas os dias mais à frente dirão.

Mas o que mais importa é que o Futuro seja DEMOCRÁTICO, DIGNO,
DESENVOLVEMENTISTA.

andrade da silva

PS: 


Não conheço força viva que não se manifeste à excepção de uma que devia ser muito viva -  os cidadãos militares (incluindo os que serviram no regime de contrato)  os ex-combatentes etc. todos os ligados à Instituição Militar com direito a manifestarem-se.





1 comentário:

Marília Gonçalves disse...

Magnifica euforia diante da expressão deste Povo que tanto amas
o meu abraço carregado de Abril
Marília