Estes falcões, num número de cerca de 150, almoçavam,
em 1972, em Mucaba/ Angola. Durante
um mês fui o seu comandante, era tão
jovem, como eles, como hoje, sou tão entradote nos anos, como eles.
Alguns já não vieram
connosco, partiram para todo o sempre, mas estão sempre entre nós.
Outros estão adoentados
e envelheceram mais um pouco que a média. Força rapazes, o amor e a amizade ajudam muito.
Outros estão porreiros para as curvas, e alguns são muito, muito generosos, para eles
um coronel deveria estar a ganhar um balúrdio de massa, mas nem a metade chega dos valores que falam.
Também algumas Marias da Fonte pós modernas devem
pensar que ganhamos uma muito boa maquia,
quando acham que não devo reclamar o confisco do 13ª mês, porque há pessoas a ganharem
500€ mês, o que é incrível, mas o confisco que nos fazem, não vai para beneficio dos
pobres, mas sim, para cobrir os lucros dos alemães, apesar das roubalheiras do
BPN e outros.
É notável ver como esta
gente ,que se diz revolucionaria, tem na cabeça a mesma canga que a Presidente
do FMI que não se preocupa nada com as crianças da Grécia, enquanto as do Níger
estiverem pior, ou seja, esta gente não se preocupa com ninguém, gostam é do
ruído.
Muitos olham- me, e dizem que mantenho o mesmo estilo, estilo
que os desassossegou, pois durante o meu comando alterei regras de conduta, o que, desassossega
bastante. Também ao 23 anos, o que seria de esperar?
Todavia o capitão, o comandante de facto da companhia, no regresso também me censurou, mas em boa verdade, por onde passei mexi nas coisas, ficaram diferentes.
Todavia o capitão, o comandante de facto da companhia, no regresso também me censurou, mas em boa verdade, por onde passei mexi nas coisas, ficaram diferentes.
Mas é porreiro, há sempre
uns que dizem que me fitaram, foram melhores que eu no jogo, porreiro, mas outros dizem que se tivesse agido com o rigor dos
regulamentos a vida deles teria sido outra, longe da sua vocação.
Disto tudo, fica o mais
importante, a amizade, e da minha parte a honra e orgulho por os ter comandado,
ter procurado salvar- lhes a pele, o que, não consegui de todo, morreu numa das
acções militares em que
participei, um 1º cabo de transmissões que muito estimava, era um
soldado português, um filho genuíno deste Portugal, e muita memória de outras tantas coisas que vão ficando comigo, para todo o sempre… coisas…
Para o ano vamos a Entre-os
– Rios, lembraremos também a tragédia que ali vitimou tanta gente, pelo que se
demitiu um ministro, que pesaroso, muito pesaroso, emigrou para o seu el- dourado - chairman de
uma grande empresa, isto é, passou do purgatório para o céu mais céu que há na terra - ganhar milhões e
ser feliz, claro.
andrade da silva
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