“ o poema
aos poetas, o estado de alma a todos, é universal, cósmico, sem peias, nem
ameias, livre”
frio
álgido,
frio de neve,
nos tempos e
modos,
nas palavras
e actos,
que num jogo
satânico
transforma os
signos:
da maldade, da morte,
do desemprego
nascem oportunidades,
maiores,
para o Suicídio.
frio de Neve,
desamor
que assalta
todo o meu território:
congela-me,
o corpo
falece,
a alma revolta-se,
e luta,
no campo as
papoilas
servem de
mortalha,
caio.
valeu a
pena?...
os coiotes
avançam,
tantos que
são,
levam para
as funduras, fundas,
do inferno
os concidadãos
que sucumbiram
ao purgatório:
pobres desgraçados,
morrem sem dignidade,
são escravos
vencidos,
nunca conheceram
Spartacus.
morre a primavera
de abril e
Maio,
mas no horizonte,
no cosmos
infinito,
tudo se transforma:
um pássaro
de fogo,
incendiário,
esplendoroso
faz-se aos
céus -
Abrasará o
joio,
o trigo loiro florescerá.
outros tempos,
outras palavras,
outras construções,
outra sociedade,
beijarão, na
paz e com amor,
a mátria:
as mães, o filhos
e todos
terão eira e
beira -
O AMOR TRIUNFARÁ.
tudo, tudo,
está à distância
das nossas
mãos,
corações e
pensamentos livres.
tudo, tudo
mesmo:
LIBERDADE,
DIGNIDADE,
DESENVOLVIMENTO.
Mátria
livre!
Nós, todavia,
poderemos
estar ausentes.
cairá,
então, a noite
morreremos,
definitivamente:
Amor,
Liberdade,
Mátria.
andrade da
silva
20 de Maio de 2012, ou de 1945, ou de 3012, será?
4 comentários:
à Mátria um grito altisonante pela Frátria
Marília Gonçalves
também.
Capitão,tudo o que sofremos valeu a pena, porque graça a si e a outros jovens Capitães, aconteceu Abril e Abril redime nosso sofrimento e quanto temos de humano e falível.
O que Abril durou, foi pouco e os ignorantes espicaçados pelos mal intencionados, confundem Abril que pouco mais durou que um ano, com tudo o que veio a seguir para demolir uma das mais belas páginas de Historia de todos os tempos, mesmo se houve traições na sombra; nada pode apagara Luz e a realidade de Abril de 1978 e dos meses que se lhe seguiram. Quando os outros vieram, começaram a minar Abril, e começou a derrocadas das mais belas conquistas imaginadas e realizadas.
Estou a lembrar*me do pema duma Poeta francesa, enorme, que morreu muito menina, com cerca de dezasseis anos, e é hoje reconhecida como grande Poeta, seus poemas, amadurecidos no sofrimento causado por doença grave e prolongada, tornaram-na um adulta-Menina: Sabine Sicaud, que num dos seus poemas diz, N'oublie pas la chanson du soleil, Vassili. Elle est dans les chemins craquelés de l'été, dans la paille des meules, dans le bois sec de ton armoire, si tu sais bien l'entendre. Elle est aussi dans le cri du criquet. Vassili, Vassili, parce que tu as froid, ce soir, ne nie pas le soleil.
ou o poema de Alfred de Musset " Souvenir, em dois versos dirigidos a Dante: " En est-il donc moins vrai que la lumière existe,
Et faut-il l'oublier du moment qu'il fait nuit "
Valaeu a pena sim Capitao, porque hoje o Povo de Portugal, tem um modelo para seguir, de Solidariedade, de Altruismo, de Conquista de Direitos e o Caminho Rubro da Liberdade, compreendida, vivida em Cidadania, sem desrespeitar nem prejudicar ninguém!
Abraço Capitão, Abraço ao Povo Honesto que se esforça e trabalha e que vai ter que reconquistar Abril e reconquistar o seu Presente e o Futuro de seus filhos, Futuro de Portugal!
Marília Gonçalves
onde se lê 1978, leia-se inevitavelmente 1974
Marília
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