Recordatória
No meu post “dia, sem dia”, publicado em 8 Novembro, uma nossa amiga refere que nestas coisas da solidariedade são mais as palavras que os actos. Será assim.
Todavia, no que me diz respeito essa critica não é justa, nem correcta, porque a 27 de Julho 2011 apresentei no facebook e neste blogue um modelo para a criação de uma rede de apoio, com o título conta/fundo solidariedade ( Abaixo encontra-se o texto).
Contava com alguns amigos para lançar a iniciativa, mas logo recebi a esquiva deste e aquele, por causa da incompatibilidade com a sua filiação partidária.
Não sendo a minha página do facebook a de nenhuma vedeta, poucos a consultam, e muito menos ainda quando se trata destas matérias, e, assim, muito poucos se pronunciaram.
Indignado e revoltado com estes actos, grito impotentemente num texto que escrevo a 29 de Julho, que abaixo acompanha este texto com o titulo: “Maldito Pobre, Nojenta Solidariedade”, que mereceu o comentário, que se segue, de alguém que por causa desta discordância me ASSASSINOU SIMBOLICAMENTE:
“ Quem é contra a Solidariedade? o que nem todos partilham é a sua forma de a encarar! As pessoas em dificuldade têm Direito a melhor, e merecem muito mais que a ajuda que mata a fome uma só vez! Merecem todos os que sofrem, Direitos efectivos e permanentes, com os quais a sua dignidade e brio sejam preservados e até, realçados! aí, se situa toda a diferença, entre o meu, o de outros, muitos outros amigos, e o seu, apesar de tudo bem intencionado projecto, só que ineficaz
abraço amigo”
Ainda voltei a este assunto em Agosto, dizendo que em Setembro retomaria esta problemática, o que voltei a fazer, portanto, da minha parte a ideia não morreu, mas sem pessoas nada se pode fazer.
Tenho previsto falar sobre este assunto com o único amigo que de Lisboa se mostrou disponível. Consequentemente, a ideia não morreu, não gerou foi entusiasmo suficiente, e também não estou nada interessado que uma meia dúzia de velhacos, venham criar a intriga de que eu ou outrem se quer apropriar de dinheiros de outros.
Este é o ponto de situação.
Continuo a defender a necessidade destas redes, porque a situação de crise que está para durar, que não é só financeira, mas pode ser sobretudo de transição do modelo de um capitalismo, para outro, ou seja, do Estado Social, para um estado autoritário ou ditatorial, tipo chinês, ou para melhor democracia, também esta hipótese, não pode ser descartada, está e deve estar nas nossas mãos de 66,66% dos portugueses.
É importante supor que China pode vir a ser a potência hegemónica, e verificar que aproximação ao seu modelo começou há bastante com a deslocalização das grandes empresas europeias e outras para aquele país, com a consequente desindustrialização da Europa, o que, vai matar todas as economias, e a alemã também, se não se inverter este processo que se quer prolongar por mais de uma década.
Só por razões ideológicas este processo não é referido abertamente, e compreende-se: os capitalistas não podem dizer que estão a convergir para um modelo de sociedade que consideravam comunista (agora já não, nem dos direitos humanos falam) e os que acham que a China é uma sociedade progressiva também não podem, ou não querem dizer que o modelo social e politico chinês é, pura e simplesmente, infernal, com execuções extra judiciais com tiros na nuca.
Seguem-se os textos publicados no blogue liberdade e cidadania e no facebook sobre a solidariedade para que não fosse uma palavras oca, seja como for esta ideia das redes próximas, com esta ou outra configuração, podem ter mais sucesso se lançadas em micro-meios, localidades, do interior do país, aonde, as dificuldades podem ser ainda maiores, mas também as pessoas conhecem-se melhor, e com certeza haverá mulheres disponíveis para estas obras, porque sem a presença da mulher nada nascerá.
27 DE JULHO DE 2011
CONTA/FUNDO SOLIDARIEDADE,LIBERDADE, DIGNIDADE E CIDADANIA
POR ABRIL, POR PORTUGAL, PELAS PORTUGUESAS E PELOS PORTUGUESES CONCRETOS.
Acabou o tempo do fazer de conta, da minha parte já ando a falar nesta necessidade de solidariedade activa desde 2009. Já não há mais tempo para o palavreado. É tempo de agir.
Para além das acções institucionais de solidariedade da Igreja Católica e de outras Instituições vetustas é tempo dos cidadãos agirem em pequenas redes de proximidade de apoio e emergência com um carácter mais espontâneo, mais voluntarioso, mas extraordinariamente honesto e de mais fácil controlo, quanto à sua actividade e à aplicação dos donativos recebidos junto dos necessitados e não para alimentar estruturas pesadas e muitas vezes, para a promoção de individualidades. Muitos relatam que só uma parte, muito pequena, dos donativos, chega aos destinatários. Por exemplo no Afeganistão deputados da oposição revelaram que só 20% das doações das ONG chegam seus destinatários finais, isto é, aos mais pobres ou necessitados. Para contrariar estas dinâmicas e ser eficaz proponho o seguinte:
( proposta no post publicado em 27 Julho)
PS: No próximo texto vou falar da gestão com saber, bem fazer e ser da NOVA EPUL.Também acontecem coisas interessantes e dignas de registo na nossa POLIS.
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