Serei, por entre embusteiros, e tantos que eles são, e sectários, e tantos que eles são, uma voz maldita que ecoa da profundeza dos infernos em que nos despejaram.
Todavia, creio que sem estas vozes, tu e eu, nós, desgraçadamente, não teremos SALVAÇÃO, nem ao purgatório acederemos, seremos, eu mais que outros, mas tanto, como muitos, queimado nas fogueiras das inquisições, mas quase todos, a médio prazo, estaremos a fazer churrasco nos altos fornos de uma qualquer ditadura que se desenha, como solução para a nossa decadência e a da Europa, tarnsformda pelo comando "merkosy", numa "merdosylândia" que a quase todos nos sufocará.
Mas como coisas (extra)-ordinárias deste país temos estas primorosas realidades:
1-Mário Sores pega no seu manifesto e quer criar um movimento. Perante um PS defunto é preciso que se alevante um movimento socialista, mas o Soarismo, não, valha-nos os Deuses todos dessa desgraça. Mário Soares no dia 31 de Janeiro de 1977 gritava, no Porto, que vinha então um golpe fascista, era preciso reunir-se, em torno dele, e o resultado foi o que se viu. Mais tarde o presidente Reagan o há-de denominar de anti-comunista furiosa, como a revista Visão reportou.
2- Duarte Lima leva o filho para os caminhos da desgraça, e segundo, o jornal Sol, agora, não lhe dá qualquer cobertura. MY god!
3-Segundo um semanário deste fim-de-semana, o Ministério Público faz esta coisa extraordinária, esta mesmo, extraordinária, perante as outras que são de outra natureza, solicita a prisão imediata de Isaltino, o que se converte em coisa (extra)-ordinária, porque ninguém prende o senhor.
Assim vai Portugal e poucos se indignam com estas pequenas- grandes coisas. Na "merdosylândia" a que chegamos, quase só contam os discursos abstractos dos grandes líderes.
Todavia as doenças não se tratam enumerando os tratados de medicina ou as definições nosológicas e de doentes, mas sim, através da aplicação, após os diagnósticos, de uma dada terapêutica.
Também na anomia social é assim, como se acedesse à retórica de Gil Vicente o poderia claramente demonstrar. Não me sendo possível, por manifesta incapacidade intelectual, fica a evocação que outros poderão demonstrar, se quiserem e estiverem disponíveis para fazerem o que deve ser feito por Portugal e os portugueses.
Perdido no deserto, perante tantos surdos, mudos e autistas faço o que posso, que infelizmente é pouco, como acontece com a quase totalidade da vozes livres, que falam de verdades nuas e puras.
andrade da silva
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