Estamos loucos, ou fomos sempre loucos?
Desde 1990 que contra os épicos - que cantavam o viver das cigarras, com base num crédito fácil - levantei a minha voz, escrevendo até ao governo de Cavaco da Silva, de que obtive resposta, e em que era reconhecida a validade dos meus argumentos.
O país correu o seu caminho, e, hoje, com o consumo dos ricos e o consumismo irracional e obsessivo-compulsivo de muitos, estamos, onde, estamos. Todavia, para mudar estes desvarios não deveria merecer qualquer aplauso a austeridade que nos está a ser imposta, porquê?
Em primeiro lugar, o desvario dos portugueses nada tem a ver com os seus vencimentos, que são dos mais baixos da Europa, mas sim, com o acesso ao crédito fácil, como claramente a evolução dos vencimentos revela de 1974 até 2011, o salário mínimo subiu 46€ ( de 406 para 452), e alguns dos quadros superiores do Estado até diminuírem em média 700€/mês, os seus vencimentos.
Se, assim é, porque consideram cerca de 80% concidadãos de Lisboa,(1) como razoável estas medidas de austeridade do governo. De que falam, então, ou sobre que se pronunciam estas pessoas?
Que se passa em Portugal, porque não se explicam com mais correcção as coisas aos Portugueses, talvez porque ninguèm teve coragem de dizer, ao longo deste tempo, que não podíamos viver, como vivíamos, em termos privados e também ao nível do Estado?
Ao nível do Estado para além das grandes aldrabices no urbanismo e nas parcerias público- privado, também não se controlavam os desperdícios na saúde ( falsas isenções, exames complementares sem critério clínico, tratamentos em que um número significativo de doentes não cumprem as prescrições médicas, incorrecta utilização das urgências hospitalares, não penalizadas, falta de aposta na medicina preventiva e na alteração de hábitos alimentares e de higiene física) e em todos os sectores do Estado, em que, poucos se preocupam com os consumos intermédios, desde o consumo da luz à supervisão das embalagens de produtos informáticos que com valores de milhares de euros se perdem por corredores, com o volume excessivo das frotas automóvel, telefones etc. etc etc; completa falta de integração e racionalização de vários serviços, como é o caso dos transportes nas grandes cidades, em que os utentes para se deslocarem num ou noutro meio, se não tiverem passes, têm de ter dois ou três títulos de transporte etc. etc..
Concluindo é - pela racionalização, pela gestão com saber-saber, saber-fazer e saber-ser, tratando cada caso dos trabalhadores com justiça e sensibilidade humana; pelo fim de regalias absurdas de empregados e gestores; pelo fim dos vencimentos milionários dos gestores das empresas publicas, que variam entre centenas de milhares de euros ano a mais de um milhão, para além prémios em empresas falidas; pela criação de emprego contra as horas extraordinárias; por um critério do crédito e do consumo justos; pelo estímulo à poupança que compense a inflação; pelo combate à corrupção e à evasão fiscal - o estado acaba de perder cerca de mil milhões de euros de impostos não cobrados; pela inovação; melhor qualificação dos trabalhadores e empresários; pela justiça fiscal; pelo controlo dos negócios do estado: obras públicas, aquisição de equipamentos: pelo fim do amiguismo e da promoção politica do seguidismo que promovendo na politica os incondicionais, lhes prepara o El-dorado, nas empresas públicas ou privadas, depois da saída da área politica, com base na carteira de contactos privilegiados que transportam e muito facilitam os negócios com o Estado etc. etc. etc. - que se pode pôr Portugal na rota do desenvolvimento.
Enfim, como podem os concidadãos de Lisboa e Porto acharem razoáveis as medidas de austeridade aplicadas a quem trabalha?
A austeridade que atinge os vencimentos é uma mera barbaridade, e, pura e simplesmente, em 2012, as aplicadas aos cooperadores públicos e pensionistas são INCONSTITUCIONAIS, diga o que disser o tribunal Constitucional, o art. 9, alinea D da Constituição fala mais alto: o Estado tem como função:" PROMOVER O BEM-ESTAR E A QUALIDADE DE VIDA DO POVO E AIGUALDADE REAL ENTRE OS PORTUGUESES, BEM COMO A EFECTIVAÇÃO DOS DIREITOS ECONÓMICOS, SOCIAIS, CULTURAIS E AMBIENTAIS.... ( Mais palavras, para quê?)
O país correu o seu caminho, e, hoje, com o consumo dos ricos e o consumismo irracional e obsessivo-compulsivo de muitos, estamos, onde, estamos. Todavia, para mudar estes desvarios não deveria merecer qualquer aplauso a austeridade que nos está a ser imposta, porquê?
Em primeiro lugar, o desvario dos portugueses nada tem a ver com os seus vencimentos, que são dos mais baixos da Europa, mas sim, com o acesso ao crédito fácil, como claramente a evolução dos vencimentos revela de 1974 até 2011, o salário mínimo subiu 46€ ( de 406 para 452), e alguns dos quadros superiores do Estado até diminuírem em média 700€/mês, os seus vencimentos.
Se, assim é, porque consideram cerca de 80% concidadãos de Lisboa,(1) como razoável estas medidas de austeridade do governo. De que falam, então, ou sobre que se pronunciam estas pessoas?
Que se passa em Portugal, porque não se explicam com mais correcção as coisas aos Portugueses, talvez porque ninguèm teve coragem de dizer, ao longo deste tempo, que não podíamos viver, como vivíamos, em termos privados e também ao nível do Estado?
Ao nível do Estado para além das grandes aldrabices no urbanismo e nas parcerias público- privado, também não se controlavam os desperdícios na saúde ( falsas isenções, exames complementares sem critério clínico, tratamentos em que um número significativo de doentes não cumprem as prescrições médicas, incorrecta utilização das urgências hospitalares, não penalizadas, falta de aposta na medicina preventiva e na alteração de hábitos alimentares e de higiene física) e em todos os sectores do Estado, em que, poucos se preocupam com os consumos intermédios, desde o consumo da luz à supervisão das embalagens de produtos informáticos que com valores de milhares de euros se perdem por corredores, com o volume excessivo das frotas automóvel, telefones etc. etc etc; completa falta de integração e racionalização de vários serviços, como é o caso dos transportes nas grandes cidades, em que os utentes para se deslocarem num ou noutro meio, se não tiverem passes, têm de ter dois ou três títulos de transporte etc. etc..
Concluindo é - pela racionalização, pela gestão com saber-saber, saber-fazer e saber-ser, tratando cada caso dos trabalhadores com justiça e sensibilidade humana; pelo fim de regalias absurdas de empregados e gestores; pelo fim dos vencimentos milionários dos gestores das empresas publicas, que variam entre centenas de milhares de euros ano a mais de um milhão, para além prémios em empresas falidas; pela criação de emprego contra as horas extraordinárias; por um critério do crédito e do consumo justos; pelo estímulo à poupança que compense a inflação; pelo combate à corrupção e à evasão fiscal - o estado acaba de perder cerca de mil milhões de euros de impostos não cobrados; pela inovação; melhor qualificação dos trabalhadores e empresários; pela justiça fiscal; pelo controlo dos negócios do estado: obras públicas, aquisição de equipamentos: pelo fim do amiguismo e da promoção politica do seguidismo que promovendo na politica os incondicionais, lhes prepara o El-dorado, nas empresas públicas ou privadas, depois da saída da área politica, com base na carteira de contactos privilegiados que transportam e muito facilitam os negócios com o Estado etc. etc. etc. - que se pode pôr Portugal na rota do desenvolvimento.
Enfim, como podem os concidadãos de Lisboa e Porto acharem razoáveis as medidas de austeridade aplicadas a quem trabalha?
A austeridade que atinge os vencimentos é uma mera barbaridade, e, pura e simplesmente, em 2012, as aplicadas aos cooperadores públicos e pensionistas são INCONSTITUCIONAIS, diga o que disser o tribunal Constitucional, o art. 9, alinea D da Constituição fala mais alto: o Estado tem como função:" PROMOVER O BEM-ESTAR E A QUALIDADE DE VIDA DO POVO E AIGUALDADE REAL ENTRE OS PORTUGUESES, BEM COMO A EFECTIVAÇÃO DOS DIREITOS ECONÓMICOS, SOCIAIS, CULTURAIS E AMBIENTAIS.... ( Mais palavras, para quê?)
andrade da silva
PS: Será que os Espanhóis vão apoiar por muito tempo o Choque neo-liberal do PP, com a mesma receita que em Portugal.? Mas porque ganha a direita? Qual o efeito do movimento dos acampados?
(1) De acordo com os resultados de um inquérito revelados, ontem, no telejornal das 20, 80% dos inquiridos em Lisboa e Porto consideram, como razoáveis as medidas de austeridade do governo, e 55% consideram que as coisas vão melhorar. Mas será isto optimismo e o seu contrário pessimismo?
Todavia, como os optimistas podem estar errados, é preciso lutar para que a situação de quem trabalha e dos pensionista não se agrave, mas se não houver uma alternativa consistente, que tem sobretudo de contar com um grupo de liderança que mobilize e esclareça 66,66% dos portugueses, o futuro vai decidir quem tem razão, mas e, ainda, por um tempo difícil de prever, o papel dos partidos tradicionais vai ser determinante e decisivo, nomeadamente do PS, que, entretanto, parece estar num retiro, para?...
E como não precisa de qualquer menção o PCP e os sindicatos estão nas primeiras linhas da contestação a estas politicas, congregando toda a oposição do povo com e sem partido e de muitos militantes de base do PS, o que, deve ser um factor a ser considerado pela direcção do PS, face à atracção que o bloco e esquerda exerce sobre estes militantes, ou à necessidade que eles venham a sentir de formarem novo partido, ou movimento, como foi tentado na direcção de Sócrates.
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