quinta-feira, 22 de setembro de 2011

TEMPO DE CAPACETE ( CÉUS MUITO NUBLADOS) NO CONTINENTE E NA MADEIRA


RADIOGRAFIA DA MADEIRA DA COSTA SUL: JOVENS, MUITOS JOVENS, COM PORTE APARENTEMENTE FELIZ. NA FOTO PERTENCEM A UMA FUNDAÇÃO QUE EM NÚMERO DE 3 TURMAS  IAM, EM AGOSTO, À PRAIA PONTA GORDA,ÀS 3ªE 5ª, ENQUADRADOS  POR BASTANTES PROFESSORES

TEMPO DE CAPACETE E RAIVA

Como tenho vindo a dizer, desde há muito e publicamente desde 2008, altura em que ganhei alguma capacidade de falar livremente, a Madeira é a caricatura de todo o Portugal que se mantém ditatorial, herdeiro da alma fascista de Salazar, com a sua sagrada aliança com a Igreja católica.

Toda a experiência danosa na Madeira é comum no continente, porque o Tribunal de Contas só tem capacidade de verificar as boas práticas administrativas, isto é, se as facturas estiverem correctas e as autorizações dadas tudo está certo, ora, como todos sabem não é aqui que está a grande corrupção que tem sobretudo a ver com os concursos públicos, a informação privilegiada dada às empresas amigas, as derrapagens e o desvio de verbas para as contas pessoais e dos partidos. Factos que acontecem sobretudo na aquisição de equipamentos para o serviço de saúde, Forças Armadas ( caso dos submarinos) obras publicas, urbanismo das câmaras,  e tudo isto está pouco ou nada escrutinado, como todos os que querem ver e serem honestos sabem, pelo que  a Madeira é a mera caricatura disto.

As organizações portuguesas: governo, culturais, cívicas e partidos praticam sobretudo políticas ditatoriais, desde logo de censura do pensamento livre e divergente. Os que pensam  de um modo diverso são silenciados e tornam-se suspeitos, como todos sabem e têm verificado e, por mero medo, calam-se e  subordinam-se ao esmagamento, também neste caso D. Alberto João é uma caricatura, pois publicamente assume que é quem é contra ele, não será nada.

 D. Alberto esmaga cívica, politica e psicologicamente todos os que se lhe opõem dentro ou fora do Partido. D. Alberto João é um monarca feudal absolutista, que usa todas as técnicas que José Eduardo Agualusa refere para silenciar o pensamento divergente. Tudo isto  levou um dia António Costa Pinto a identificar o regime da Madeira como uma semi-democracia, ou seja, um regime de quase  partido único, com pensamento semi-único. Novamente  temos  mais uma caricatura do que aqui se passa em Portugal continental.

Só porque D. Alberto João foi uma caricatura deste Portugal é que ele gozou de toda a cumplicidade de todos os poderes públicos da república, governos e presidentes da república para garantirem a MERCEARIA ELEITORAL sujeitaram-se a todas as chantagens e desrespeito pelas leis da República: a incompatibiliade dos cargos públicos, a  Interrupção  voluntária da gravidez, e admitiram a manipulação, controlo da informação e ameaças sucessivas à imprensa livre, e uma vez mais, nestas circunstâncias, D. Alberto João é uma mera caricatura de todos os protototalitários e intolerantes que dirigem jornais, organizações e até páginas do facebook.

D. Alberto é o alter-ego de muitos, de todos os pseudo-democratas, que como ele diz, e bem, têm-lhe  ódio, por não terem tido o poder absoluto e não  terem feito a obra justa  que fez.

D. Alberto João será  também a caricatura do que somos, nós e os gregos, os últimos bárbaros da Europa, segundo Paulo Tunhas ( jornal I 10-11-13), vivemos num sistema politico pré-democrático, com tendência para o fascismo social.

Todavia este regime irregular, absolutista existe na Madeira desde 1976, com todo o apoio e interesse dos governos da república para combater todos os resíduos do tal comunismo  que o 25 de Novembro 75, descobriu por todo e lado, o que, deu lugar a uma purga nas Forças Armadas, na sequência da qual fui enviado para a Madeira para que a Flama e os bombistas fizessem a mim , o que fizeram a outros, e, assim, sou avisado em Março de 1976 pelo bombista-mor que não posso ficar na ilha, do que dou conhecimento em exposição escrita ao governador militar, brigadeiro Azeredo, em 27 de Março 1976, que me diz que nenhuma protecção me pode dar, mas para me defender.

Em 18 de Abril 1976 sou cercado pelo gang " Os diabos à Solta",  para ser linchado, defendo-me, tenho de usar uma arma de fogo em legitima defesa, e acabo por ser condenado pelo juiz Alfredo Rui Gonçalves Pereira, num processo que pela 1º vez, foi então em 1976  e não agora,  se começa a julgar objectivamente o 25 de Abril, concretamente com a aceitação de um abaixo assinado dos latifundiários de Coruche:

"  Os coruchenses abaixo assinados...informam o tribunal que: durante o chamado período gonçalvista, o referido capitão,..., cometeu atitudes que, exorbitando em muito a esfera das suas funções, causaram o mais vivo repúdio nas gentes deste concelho....

... Assim deve-se ao citado militar a destruição de estátuas de figuras ilustres ( como o major Oliveira fundador da PIDE) desta terra, consideradas e estimadas pelos coruchenses que, nunca deixaram de lhes  manifestar  a gratidão da sua homenagem....

Em todos estes desmandos... procurou arregimentar grupos inconscientes vindos de fora desta vila...

..A economia foi também abalada por uma acção negativa com ocupações selvagens... "

(principais subscritores  deste documento foram: Guilherme de  Sousa Manaia, José Ferreira Mesquita, Fernando Vitorino Vieira, António Manuel silva Rato. Tudo isto foi publicada, mas à  Lisboa Burguesa e pseudo revolucionária, elitista  e protototatalitária  tudo passou ao lado, somente alguns militares  como Fabião, Otelo, Vasco Gonçalves,  Ferreira de Sousa, Duran Clemente, Pinto Soares e mais umas dezenas, sem ninguém dos militares do grupo do nove - o que é sintomático -  e algumas centenas do povo anónimo de Lisboa, Almada e Alentejo, seguiram e acompanharam este caso. Os demais afastaram-se, como convém a todos os cúmplices das ditaduras ).

Esta era e é a Madeira que todos têm esquecido, em que  a Igreja sempre apoiou D. Alberto João. Desde 1976  os bispos do Funchal voluntariamente apoiaram as sucessivas  governações de D.Alberto João, bem  como todos os senhores Silvas, que o têm venerado e, agora, vêm dizer  que só houve referendos e nunca eleições livres, facto verdadeiro, e mais uma vez, a Madeira, é uma caricatura do que se passa em muitas autarquias de Portugal continental.

O regime da Madeira é há mais de 30 anos, um regime não democrático, sendo a imagem reforçada, por sucessivas maiorias mono partidárias, do que se passa em Portugal que tem sido poupado por quase todos.

Todavia interessa depois de falar deste ambiente  politico ditatorial, abordar e separar a despesa odiosa   da despesa justa, do afecto e da festa que o povo reconhece e dão as sucessivas vitórias a Alberto João, como novamente vai acontecer no próximo dia 9 de outubro. Neste momento o que mais existe na Madeira   é pânico que fecha o grupo mais em redor do "grande" Lider e confusão, e esta, levará mais à abstenção.  

Em conclusão, de um ponto de vista politico, por causa  da MERCEARIA ELEITORAL de que a Madeira é uma caricatura, quase todos toleraram, apoiaram e incentivaram todos os desmandos, actos anti-democráticos, da governação madeirense,  porque isso  interessou aos dignitários desta República doente que o chamaram de Democrata Exemplar, mas quando, como e porquê?

Proximamente falarei da despesa justa e da odiosa. Mas como disse, em 25 de Abril 2011, é preciso Reinventar a democracia, tarefa que só pode ser feita por democratas, honestos, inteligentes, verticais e amantes do povo, e nunca por protofascistas e pós pseudo-revolucionários elitistas protototalitários de que D. Alberto é o   alter-ego caricatural.

Português madeirense com honra, orgulho por direito próprio

andrade da silva

PS: Neste momento a perturbação e confusão entre muitos madeirenses que viam em D. Alberto João um Deus,  hoje, começam a ver nele alguém que lhes pode ter feito um grande mal, mas quem pode salvar os meus conterrâneos?






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