sábado, 6 de agosto de 2011

Foi um Algarve


    






       Foi  um Algarve




Foi  um Algarve que não mais existe


Mas que ficou em mim, voz de cristal


Um Algarve de mito de magia


De lendas, de areal


Um Algarve, perfume confundido


De alfarroba, amêndoas, de pinhal


Das figueiras de braços retorcidos


De cada laranjal


Um Algarve ainda tosco


Mas tão belo


Como é belo quanto é natural


Rústico Algarve


Dava gosto vê-lo


Na voz cantada do sul de Portugal




Marília  Gonçalves


2 comentários:

andrade da silva disse...

Marilia
Lindo. Tanto o seu Algarve, como o meu querido e belo Funchal, das marés vivas, morreram para todo o sempre, os néscios mataram a natureza e tantos eunucos aceitaram. Dói-me o desaparecimento do meu Funchal, mas imensa gente, insana, adora o bonitinho dos centros comerciais. O que o néscios fizeram a esta pobre gente!?...
Todavia no Algarve para os lados de Tavira há natureza viva e desperta no Pego do Inferno.
abraço
asilva

Marília Gonçalves disse...

é facto: entre Sr Barbara de Nexe e Vila Real de Santo António, o Algarve ainda há poucos anos mantinha-se inalterável. Os incêndios porém têm comido da paisagem do barrocal algarvio e da serra
Abraço
Marília Gonçalves