sábado, 30 de outubro de 2010

A LOUCURA AGUDA DO PS E PSD





" Aos quatro cantos do Mundo, para o meio do Povo, de quem me separaram por uma longa quarentena, porquê?



Apesar de ser feriado e do fechamento dos olhos, ouvidos, bocas, corações, inteligências e almas ao que incomoda, é diferente do fantasticamente falso, GRITO; GRITO... GRITO.... GRITO... em torno do fantasticamente verdadeiro, e, por isso, a maldição cobre estas palavras, sempre foi assim.. e será?



É preciso ser Livre e GRITAR BASTA!.



Ainda ao padre diferente que, hoje, dia 30 Outubro, fez a homilia na missa das 11h, na rádio Nascença"




A trágico-comédia das negociações do OGE, chegou ao fim, depois de um período agudo de loucura que atingiu o PSD e o PS, mas que num país afectado pelo mesmo episódio de loucura, dos fiéis servidores do capitalismo feroz, dão, os eleitores portugueses, um voto de confiança ao PSD, com 40% dos votos, e retiram 16% ou mais ao seu parceiro de doença, o PS.

Mas por mais fotografias que tirem , garrafas que abram, quem perdeu foi o país. Este OGE é de tragédia e inconstitucional, porque trata de um modo desigual uma parte dos portugueses, os funcionários públicos, como se os servidores do estado, fossem criminosos por integrarem uma associação de malfeitores , de ladrões do erário público, desde que ganhem mais de 1500€ mês. Por este conceito perverso, os servidores da República serão punidos com vários dias de perda de vencimento, numa percentagem entre 3,5% e 10%, o que, é inaceitável, ignominioso, ponto.

Todavia esta desgraçada gente tem o que merece, ao corrigir o seu voto para o PSD, pai poligâmico deste Orçamento , ou para o BE que é uma mera fórmula retórica de fazer política.

Não pertenço a nenhum partido, mas obviamente que sem a criação de uma grande coligação de esquerda, que reerga os valores da DIGNIDADE, DESENVOLVIMENTO e da DEMOCRACIA, os votos no PS, PSD, CDS são votos para bem dos capitalistas e seus serventuários e os votos no BE, são pura perda de força, vitalidade, para mudar Portugal, para uma sociedade globalmente mais democrática e republicana.

O BE é de facto elitista, urbano, contestário, teatral, interessante, mas pouco consequente na luta efectiva, no terreno. Para o BE o campo, a fábrica, a raia miúda são como para o PS e o CDS uma grande maçada, sendo menos para o PSD, por força da sua origem rural e muito portuguesa.

O voto consequente neste momento só poderia ser em quem os capitalistas, de facto, temem, e tem força e organização para dizer basta a este regabofe, mas não para fazer de Portugal um país à imagem de qualquer outro , seja ele qual for. É urgente é que o Estado Social se corrija, no sentido das sociais-democracias avançadas.

Perguntarão os independentes, a cujo grupo pertenço, mas é isso que o PCP pretende? Direi, por mim, como independente, penso que não, mas nas condições concretas: objectivas e subjectivas, em que nos encontramos, esse pode ser o seu mais importante e indirecto contributo, para a generalidade dos portugueses, mesmo que o PCP queira outras metas.

O reforço na votação do PCP, na actual conjuntura, dado que a ala esquerda do PS, supostamente representada por José Seguro, não descola da sua liderança viúva- negra, é a única resposta que obrigaria a sra. Merkel, o sr. Barroso, a pensarem que a vacina de 1975 pode não ter morto a coluna-vertebral do povo português e Ibérico, facto que temem de algum modo. Temem um grito Ibérico de forte contestação ao neoliberalismo e ao conservadorismo.

Manterei em todas as circunstâncias o mesmo espírito livre de sempre, não escrevendo, como membro de um partido, para os seus militantes, o discurso que todos gostam de ouvir. Escrevo sim, para os militantes de esquerda procurando dar-lhes novos e diferentes argumentos de um concidadão de esquerda, independente, para os considerarem no que pode valer, em termos de serem sensíveis às questões dos 5 milhões de concidadãos que não votam, e para puderem levar uma nova visão das coisas e da política a esses concidadãos, talvez os convencendo mais do que com dados discursos herméticos; e, para os independentes, como eu, no sentido de sermos consequentes votando e apoiando quem nesta fase de destruição dos direitos e garantias de quem trabalha e é povo, mais e melhor pode defender o seus direitos, até que outras possam ser as soluções.

Todavia, como sempre defendi, desde 1976, só um amplo movimento de esquerda, englobando um PS que se descubra ou se reconstrua na social-democracia, pode trazer a Portugal a Dignidade, a Democracia e o Desenvolvimento que fazem falta à REPUBLICANIZAÇÂO DA REPÚBLICA.

Nunca perdi, nunca perderei esta perspectiva da vaga de fundo que é necessária para Portugal limpar o pântano em que vivemos, há tantos anos, e, finalmente, sermos uma República do Povo, e se for do povo só o é com o povo e para o povo.

A actual é da burguesia, feita por burgueses para eles e que a impõem ao povo, como pagantes e, ou meros escravos, com o nome mitológico de cidadãos, mas realmente sendo meros e risíveis súbditos, cangados e desrespeitados nestes tempos de fúria fascista-social.


andrade da silva

3 comentários:

joaquim augusto pombinho macau disse...

Concordo quase em absoluto com a opinião. O aumento significativo de votos e deputados no PCP, mesmo que não fizesse parte do eventual governo, melhoraria consideravelmente a vida do povo.

Marília Gonçalves disse...

Companheiro, Leitores
Também estou em parte de acordo com Andrade e Silva
é preciso despertar erapidamente... opuseram convictamente!
Também não estou inscrita no PC, mas sou e serei sua companheira de jornada pela grande generosidade e honestidade que sempre demonstraram e porque os Comunistas são dos únicos a não defenderem nem tachos nem interesses pessoais, não cedendo nunca, permanecendo na Luta por um Socialismo Português, sem modelos copiados em mais ninguém.
Um Socialismo que defende a Cultura e os interesses do Povo de Portugal acima de tudo!
E admitindo que nao atingisse uma maioria que lhe permitisse governar, será como sempre foi e é a grande força que honesta se opõe ao capitalismo selvagem, a esses mesmos que baixam reformas, que acham sempre que o pouco que o povo tem é demasiado e que podiam ainda esmifrar mais um pedacinho quem trabalha, para se aumentarem a eles mesmos, e se encherem cada vez mais!
Pensa Povo de Portugal, lembra-te dos que ao logo de tantas décadas tudo deram de si a teu favor e por teu respeito!
Elege quem cumpra a tua vontade de cidadão de ser humano e de pai!
Não votes contra ti!
Sempre a vosso lado
Marília Gonçalves

andrade da silva disse...

MARILIA

Desejo para Portugal uma DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, LIVRE Que DEFENDA A DIGNIDADE HUMANA E O DESENVOLVIMENTO, na natural evolução e actualização do progrsama do MFA em DOIS dos seus D: DEMOCRACIA, DESENVOLVIMENTO, a que acrescento o da DIGNIDADE, de acordo com uma quase-mnifesto que já produzi há mais de um ano.
abraço para si e outro psra o joaquim.
asilva