sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

JÁ ESTÁ A ACONTECER: NUVENS CINZA AVOLUMAM-SE A ORIENTE E A OCIDENTE.




O conflito está a acontecer no país do faz de conta, neste país uns dizem uma coisa, outros, dizem outra, mas o país parece estar a ser conduzido para o caos.

Neste país, não muito grande, relativamente pobre, com poucos milhões de habitantes vive-se num quadro surrealista, muito próximo de outros países de reis, tipo Bokassa, que para alimentarem a sua dezena de mulheres e vinte filhos exploram ao máximo a população que, também nessa longínqua Suazilândia, tudo aceita até o dia que a fome bater à porta da maioria do povo.

Mas no país de ficções que mais me preocupa neste momento, existe uma teia de elfos repartidos por vários clubes que estão por toda a parte, cumprindo os desígnios dos seus clubes-partidos, contrários e inconciliáveis entre si. Neste reino de Elfos, diabinhos, criam-se instituições culturais, sindicais, políticas e outras, mas por todo o lado está instalada a teia, isto é, não é possível ser independente e criativo, tudo morre, e de pé só ficam os eucaliptos e as catatuas, para quê?

O desígnio maior é a indução da convulsão que promova o poder ditatorial. Neste país de que falo, ninguém é capaz de compreender o valor da negociação e o que seja o comportamento democrático. Neste país de elfos maldosos o que importa é o poder pelo poder; a expropriação das riquezas de todos em prol de 10%, e, até, houve em tempos um grande poeta que falou de um esquisito banqueiro, do que outros há 200 anos já falaram, e tiraram-lhes uma fotografia muito negra. Essas figuras pardas nos colocariam o garrote ao pescoço, que um dia esses mesmos banqueiros puxariam e muitos “esticariam o pernil”, ou seriam reduzidos a escravos.

Todavia nesta terra prima afastada, esclareça-se, mas com o mesmo DNA da Suazilândia, à beira de um abismo, uns Elfos dizem que lhes compete governar de um dado modo, outros, dizem que não será bem assim, porque o país não é monocolor, e nem todos pensam do mesmo modo, mas enquanto decorre esta batalha e o país vai a caminho do precipício, outros elfos dizem que há contas ocultas, que muitas coisas se desconhecem da riqueza pública, e que todas estes jogos florais destinam-se a camuflar a realidade, mas o que parece certo é que nesta terra muitos ou todos endoidaram e o desastre pode ser o desfecho inesperado.

Mas talvez não seja assim, porque desde a querida Vénus, o pequeno país tem gozado de protecção Divina, sucessivamente renovada pelos deuses e as senhoras divinas das religiões monoteístas, de Mitra ou de Cristo, ou mesmo de Alá, sei lá! Talvez tudo isto seja teatro de marionetas, mas também no teatro se morre ou simula a morte, porém os campos de batalha também se chamam de Teatros de operações, onde, se morre, e quem parte não vê o dia seguinte nascer.

Mas seria muito bom e justo haver muitos dias seguintes de Sol e inteiros, para os elfos-povo, facto que numa longínqua primavera se sonhou, desejou e desenhou como possível, mas outros têm sido os caminhos, contudo ouso, sei que parvamente, perguntar: porque não se realizam mais os sonhos?

O vento sopra e só transporta poeiras, e, por entre estas, as palavras confundem-se com o cisco que as compõem. Já não há ventos para as trovas.

Enfim, é o fado de uma terra que tanto amo, e que tanto me cansa, já, mas tudo passa, para quem tem uma vida com termo certo e breve. A natureza só aceita contratos a recibos verdes com os plebeus. Também, por aqui, não nos safamos.

ELFOS!

andrade da silva

4 comentários:

augusto disse...

Mano João
O vento sopra mas sem força suficiente para expurgar os males de que este povo sofre, e gosta de sofrer e, de tão estúpido ser, só se compreende se a um obedecer. O resto, são cantigas que o vento leva na vazante. João já deves ter compreendido há muito tempo que não passamos de um país de tolos! Que demos muito trabalho ao Salazar quando nos tratou dos piolhos.
Um abraço
Augusto

andrade da silva disse...

Caro Augusto

Espero que um dia os ventos soprem de outro modo,penso que se bastantes soprarem contra os anti-ciclones dominantes que uns os que detêm hoje poder de corromper engripem e os que lutam contra a corrupção vejam os seus esforços bem sucedidos, sei como tu que isto pode ser uma tolice, mas....

Abraço
asilva

Anónimo disse...

vsiitem nos por favor , obrigada http://sinigo-sd.blogspot.com/

andrade da silva disse...

Bem visitei o blogue sinigo que de facto é inovador, ousado, criativo, imaginativo, sonhador, como o seu/sua autor/a refere.

É diferente serei seu visitante e aos demais sugiro a visita.

Obrigado
asilva