segunda-feira, 7 de setembro de 2009

SONHO E ESPERANÇA



Desejaria que das cinzas, dos escombros, desta democracia apodrecida, nascesse um novo sujeito político que galvanizasse os ofendidos, os servos e os homens livres e bons.

Só tenho uma certeza, a de que muitos portugueses darão o seu melhor, e que poderão ser mais excelentes na actividade pública e política, e trazer uma nova perspectiva de vida, progresso, justiça, transparência e verdade a este país, dirigido por nomenclaturas demo-ditatoriais, já apodrecidas nos seus vícios.

Sei que é por isto que muitos estão dispostos a lutar, e nisto me empenho, mas não tenho sequer nenhuma certeza se estas ideias vingarão. Sei e sabem esses que a escolha é o caminho das pedras e não o conforto e a segurança do já estabelecido.

Agora, como no 25 de Abril e no 25 de Novembro, como, aliás, ao longo de toda a minha vida estive, como muitos outros, sempre do lado mais agreste e bicudo do problema, portanto, para nós a história é o que é.

De diferente, o que louvo, são os jovens que apaixonadamente se dedicam às causas incertas, difíceis que têm pela frente o morrer na praia, ou avançarem para a selva, porque não há fuga. Para trás está o mar alteroso que impiedosamente devora a gente boa.

Nada mais sei. Sei este pouco-muito de que muitos portugueses estão disponíveis para darem o seu melhor não para fazer a mesma politica de sempre, cínica, calculista, mas para se fazer a politica que deve ser feita, por uma melhor cidadania portuguesa e mundial, o que, até parece ridículo para os conformistas e situacionistas, mas não o é, para quem ainda vê a grande aventura do Portugal dos descobrimentos, ouve o eco do poema de Camões e da linguagem visionária do padre Vieira, e não quer que morra a grande aventura e o grande feito moderno do 25 de Abril 74, isto é, louvo os que querem fazer o quase impossível, porque o que é mais provável e possível, a mais das vezes, é feito pelos medíocres.

Obviamente que com a minha ínfima dimensão, mas com a coerência de uma vida, somente quero dar alguma força aos que, sejam grandes em alma e saberes para mudarem o tristonho, deprimido, interesseiro, bárbaro e conservador rumo das politicas e dos políticos deste Portugal anestesiado e quase vencido e derrotado.

Não podemos voltar sempre a Alcácer-Quibir, temos de avançar para o Futuro, para o novo cosmos da vivência humana com a sapiência dos mais sábios e o vigor, a criatividade da juventude.

Por Portugal e pelos portugueses que sonham e sofrem devemos bater-nos pelos valores de sempre: pela liberdade, a justiça, a dignidade, a verdade, a honestidade, a solidariedade, a genuinidade e, sobretudo pelo amor, na sua expressão mais profunda pela pessoa humana.



asilva



1 comentário:

Marília Gonçalves disse...

JERÓNIMO DE SOUSA: COMO NUNCA O VIU
VEJAM E FAÇAM CIRCULAR....







http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/9/veja-jeronimo-de-sousa-como-nunca-o-viu.htm