quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O 19 SETEMBRO DE COIMBRA EXISTIU?




As últimas sondagens dizem que sim. Com o PS a subir, até aos 40%, à beira da maioria absoluta, ou seja, do desastre absoluto para Portugal; o PSD a diminuir, o fraco desempenho da sua líder e as trapalhadas são tantas, que outra coisa não seria de esperar, e o Bloco de Esquerda recua para os 9%.

O namoro de Manuel Alegre com o BE terminou no dia 19 de Setembro, em Coimbra, mas a arrogância de Louçã tinha crescido muito, e parece que prometeu demais, criticou actos que pratica, e o Povo vê com muita acuidade estas "míseras e pequeníssimas insignificâncias," enfim, 1975 vai longe.
Fui dos que estive na Revolução de Abril de alma e coração. Não ganhei nada para além de uma deportação para a Madeira, uma tentativa de linchamento em 1976, seguido de dois periodos de prisão. Mas alguém do Povo ganhou alguma coisa com as nacionalizações?
Mas hoje em que difere a Caixa Geral de Depósitos, ou mesmo o Montepio Geral dos demais bancos Comerciais?
Não será mais importante, não estará mais de acordo com muitos socialistas de esquerda, a constituição de uma boa Governança à esquerda, definida por maior justiça social; melhor saúde no Serviço Nacional de Saúde; mais e melhor emprego; mais eficazes e justos tribunais; mais eficaz regulação na Banca e nas actividades económicas estratégicas: àgua, energia, transportes, comunicações; decidido combate à corrupção, ao compadrio e ao amiguismo, do que prometer o céu a todos, como se Portugal tivesse um Produto Interno Bruto (PIB) escondido duas ou três vezes superior ao efectivamente conhecido.
Mas se este PIB escondido, ou uma produção escondida existem, antes do mais é preciso denunciar tal embuste, porque se não, seguindo o POVO que diz: quando a esmola é grande o pobre desconfia, é de supor que em politica o descrédito cubra as propostas radicais e inadequadas, fora de um contexto Revolucionário, que objectiva e subjectivamente não é o presente, e, como dizia Marx o único critério válido e de verdade é a "praxis", logo é preciso observá-la, interpretá-la e compreendê-la.
O não se ter percebido que não estamos num período pré-revolucionário, como tantas vezes o referi, pode de facto levar o PS de Sócrates&SantosSilva&Lelo para uma maioria absoluta, com consequências imprevisíveis, face ao cenário mais provável do aprofundamento das políticas erradas em alguns sectores, nem em todos houve má governação, dos últimos quatro anos, o que, a acontecer aumentará a conflituosidade à esquerda e à direita, não garantindo o governo de maioria absoluta uma adequada estabilidade social.
A crispação da campanha eleitoral deixará as suas marcas, conquanto a natural substituição de Ferreira Leite possa atenuar o conflito PS - PSD, mas nada acalmará a grande frustração do BE que se verá mais impelido para o reforço de uma actuação com uma matriz mais revolucionária e menos teatral.


Mas se houver ou não maioria absoluta, Portugal, com estes autores terá mesmo conserto ?...

Como tenho dito não faço parte dos Nostradamus adivinhadores do Futuro, mas... foi pena, entre outras, coisas que as mensagens do Partido Humanista e do Movimento Esperança Portugal não tenham chegado ao Povo.
asilva
PS: Perante algumas interpretações da foto, esclareço que quer somente dizer que o rompimento de um namoro profundo é como um arrancar do coração pelas costas, e nestas eleições parece que vários namoros, ou mesmo casamentos se têm rompido.

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