segunda-feira, 31 de agosto de 2009

FERREIRA LEITE CONTRA FERREIRA LEITE, OU O VALE TUDO DA POLÍTICA




A Dra. Ferreira Leite é uma personagem de má memória que hoje surge como a Anja S. Gabriel, para nos salvar do Purgatório Dantesco do neo-liberalismo a que, um desvio e desvario do PS de Sócrates & Santos Silva & Lello & Companhia, nos conduziram, só que com a Dra. Ferreira Leite daríamos o pequeno passo que nos separa do Inferno neo-liberal.

Portugal deve recusar a maioria absoluta ao PS de Sócrates, mas deveria confiar-lhe a Governança, obrigando-o a uma governabilidade à esquerda, não na visão arrogante e dogmática do Sr. Louçã, mas sim na perspectiva mais amplamente democrática que engloba todas as forças de esquerda com e sem representação parlamentar.


É preciso combater com vigor a convicção sem sustentabilidade do Sr. Louçã, de ser o D. Sebastião da política portuguesa, não o é, porque até isso seria trágico. O BE está a beneficiar conjunturalmente de um certo desnorte dos socialistas de esquerda que através de um processo de condicionamento clássico, aplicado magistralmente à política do aqui e agora, fizeram a sua transferência de votos automática e anti-natura para o BE, o mal menor, e também pela ignorância em relação a outras formações da esquerda extra-parlamentar, a que os socialistas de esquerda e, nomeadamente, segundo a minha opinião, os apoiantes da Nova Esquerda, e, esta própria, deviam dar a mais cuidada atenção.


Eis o retrato da contradição de Ferreira Leite contra Ferreira Leite, para além do lapsus de linguagem da ditadura a termo certo, segundo Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 28 de Agosto de 2009.

«Assim, se chegar ao Governo, a Dra. Ferreira Leite extinguirá o pagamento especial por conta que a Dra. Ferreira Leite criou em 2001; a primeira-ministra Dra. Ferreira Leite alterará o regime do IVA, que a ministra das Finanças Dra. Ferreira Leite, em 2002, aumentou de 17 para 19%; promoverá a motivação e valorização dos funcionários públicos cujos salários a Dra. Ferreira Leite congelou em 2003; consolidará efectiva, e não apenas aparentemente, o défice que a Dra. Ferreira Leite maquilhou com receitas extraordinárias em 2002, 2003 e 2004; e levará a paz às escolas, onde, o desagrado dos alunos com a ministra da Educação Dra. Ferreira Leite chegou, em 1994, ao ponto de lhe exibirem os traseiros.


No dia anterior, o delfim Paulo Rangel já tinha preparado os portugueses para o que aí vinha: "A política é autónoma da ética e a ética é autónoma da política".»

Sim! Ética e comportamento honesto para quê? Para morrer pobre e só?

De facto o que está a dar é o que sempre deu: prometer e não cumprir, dizer hoje com convicção, o que se nega amanhã com a mesma convicção.

Seja como for, este comportamento é ingénuo e santo, é próprio das crianças nas idades precoces do estádio pré-operatório, em que a contradição não existe e se caracteriza pelo egocentrismo e por um estádio de desenvolvimento moral muito primário, o da unilateralidade, sem qualquer capacidade de descentração. Se isto é o comportamento normal numa criança até porque a maturidade do seu sistema nervoso não permite outro comportamento, ao nível dos adultos, e sobretudo dos políticos, é uma muito grave anomia, a pedir uma terapêutica muito forte, a administrar pelos cidadãos no momento do voto.

PORTUGAL!

asilva

domingo, 30 de agosto de 2009

Sócrates Rua

e tudo o que o engenheiro representa.
Comecei a descrer dele aquando dos negócios com o seu amigo Jorge Coelho da Mota Engil, feitos sem concurso nem discussão pública, e que iam desfigurar a cidade de Lisboa.
Agora a ONGOING, uma sociedade cheia de capital conseguiu retirar José Eduardo Moniz da Direcção da TVI, e ameaça a SIC de Pinto de Balsemão. O capital poderá ser da Caixa Geral de Depósitos ou do novo Millennium BCP, que caíram na esfera socialista.
Sócrates é assim: Trabalhar no escuro, esmagar pessoas, fazer eventualmente coisas que acabam por não lhe poder ser imputadas, num jogo de sombras com muito pouca luz.
Os seus executivos emblemáticos são Maria de Lurdes Rodrigues, Correia de Campos, Lopes da Mota, Vitalino Canas.
Por tudo isto não o quero mais como 1º Ministro e vou fazer tudo para que se vá embora, definitivamente.

sábado, 29 de agosto de 2009

VAIDADE- MULHER

VAIDADE

" a todas as luas, dianas e vénus que povoam as visões loucas da líbido e da testerona, dos fogosos vulcões do desejo.


MY GOD! Quanta Beleza espalhastes pelo Universo! Tanta estrela cintilante e tamanha falta de braços para colhê-las e de proximidade para beijá-las. MEU DEUS!...

Cai o Pano... Corre uma lágrima."





Palavra feminina,
Corpo de mulher,
Beleza infinda.



Ela, ali, à minha frente,
Eu, numa mísera caixa
Do super pingo doce.
Não resisto, olho,
Com um olhar tonto,
Continuo a olhá-la.
A beleza, no seu esplendor,
Não anda, voa, desliza,
Sobre um tapete de nuvens.
A ninfa passa,
Sigo-a, com um olhar tonto.


Lembro-me do andar de outros tempos,
Pelas terras do Negage,
De vaidade e silva, chamado.
Como tudo passa!

Deslumbra-me a vaidade da Deusa,
Amo a beleza.
Mas, hoje, sei
Que a vaidade passa,
Um dia será pó, feia,
Uns dirão trapo.
Mas até lá Deus existe,

Para as ninfas e os S. Miguéis,
Os demais, feios e coxos,
Contam com S. Mártir.

Como Deus é grande,
Generoso, equitativo e glorioso!
Sim! Irmão da dessorte,
Se fores casto ganharás o reino dos Céus,
Se fores feio, pobre e pecador,
Ai estúpido, tudo perderás.

A visão de Vénus e do jardim dos prazeres
Daquela longe ilha dos amores,
Como estrela candente, desaparece.
O universo fica mais pobre.

A realidade é sempre mais forte,
10 € 15 cêntimos marca a caixa registadora,
10€ e 15 cêntimos, é o que é.
É o aqui e agora.
Pago e parto.

É noite, há nuvens, não há estrelas.
Deus escondeu-se, existirá?...


23 de Agosto de 09, Fórum Madeira

asilva

terça-feira, 25 de agosto de 2009

MADEIRA: A OBRA E O INSULTO JARDINISTA E A BENÇÃO DA IGREJA CATÓLICA, OU A DEMOCRACIA MODELO DO PSD.



Qualquer pessoa que chegue à Madeira ano, após ano, vê uma obra pública que cresce. Há cada vez mais equipamentos à beira mar que todos podem usufruir, o que, de facto é muito importante para a sociedade madeirense. Também se vêem muitos e novos centros de saúde que, pelo menos, em termos de edifícios apresentam um aspecto muito condigno. Há de facto progresso.

Todavia por entre este ‘boom’ há muita coisa escondida, assim, muitas freguesias urbanas, como a de S. Gonçalo, linda e querida freguesia, onde, vivi os meus verdes anos, em zonas que não fora um aumento de casas pelas encostas até à beira mar, se mantêm inalteradas, o que, deste ponto de vista, para quem tanto gosta daquelas terras de antanho é uma felicidade. Contudo, os tempos modernos exigem equipamentos de serviços de apoio que faltam e, isto, para os habitantes, é subdesenvolvimento.

Adoro ver a tasquinha, onde, se vendia pão com molho a x tostões e pão com molho e favas a um preço mais elevado, era, então, a acção social escolar, feita por um privado, ainda por cima, benemérito, pois, assim, muitos matavam o bicho, ou ganhavam forças para ouvir os doutos professores e levarem também umas reguadas: disciplina, saber, fome, catequese e fascismo tudo constituía um todo único. Os tempos mudaram, mas há coisas que não.

A obra Jardinista poderá ser questionada quanto às prioridades atribuídas, às verbas gastas, aos critérios de adjudicação, à transparência, à volumetria, aos planos directores, à defesa do ambiente. Quanto a estes três últimos aspectos julgo que a obra é, em muitos casos, um atentado a um bom ordenamento e, até mesmo, a uma visão estratégica, por exemplo, não compreendo, como pode haver tanto hotel de 5 estrelas, uns em cima dos outros. Parece-me que estão às moscas, e dizem-me que a praticar preços que mais parecem dos de 3 estrelas, mas se outro fosse o conceito estratégico para o turismo, poderia ser diferente? Como nenhuma pergunta nesta terra tem resposta, resta a dúvida.

Tudo isto provavelmente pode ser questionado, e talvez, porque esteja cheio de coisas obscuras e bastardas espolete o que não é, em nenhuma circunstância, aceitável, ou seja, o insulto totalitário, mesmo incivilizado a tudo e a todos os que não pensam, como Alberto João. É um terror verbal que o coloca à margem da legalidade democrática e constitucional, com a cumplicidade de todos os demais órgãos de soberania: Presidente da República, Assembleia da República, Tribunais e também do governo. De facto nesta matéria de liberdades e garantias o Sr. Ministro Santos Silva e o Sr. Lello são da mesma natureza, género e espécie que João Jardim, pelo que, com moral nada podem dizer.


O sumptuoso dicionário Jardinisra, segundo a edição de 31 de Julho do Jornal Garajau é do seguinte recorte:
“ Patetas”, “raivosos ‘,’ invejosos que vomitam ódio ’, ‘ delinquentes ’ ‘ conhecidos tarados ’, ‘ conhecidos psicopatas ’, ‘ loucos ’, ‘ pulhas’, ‘membros do triângulo satânico, ‘ ladrões ’, ‘ lacrau peçonhento ’, ‘penico’, ‘ gigolô ’, ‘esterco ’, ‘ marginais ’, ‘fascistas ricaços ’, ‘chulos’, ‘f.p. com todas as letras ’, ‘formiga branca ’, ‘ mafiosos ’ etc. etc. Toda a gente que não seja apoiante do Sr. absoluto é, assim, insultado, humilhado e aterrorizado, mas também com a ameaça de levar uns estalos, e ser escarrado em cima, o que D. Alberto diz fazer e convida o povo à mesma prática.

Eis a demo-ditadura de Jardim que Ferreira Leite gostaria para Portugal e que o governo não tem denunciado, nem combatido, porquê? Será que fazem parte da mesma empresa politica?

Mas, e a Igreja Católica?

Abençoa, na Missa de acção de graças dos 501 anos da cidade, a obra feita pelos governantes. Eis o sermão, sem comentários:

“É bom estarmos a celebrar a nossa cidade, a dar graças pelo caminho realizado, pela obra feita, mas também por estarmos a projectar o nosso futuro, o caminho a percorrer…’ ‘…dar graças … pelas realizações dos governantes…’ ‘ …tal como foi dito pelo Anjo Gabriel a nossa senhora para que não tivesse medo….a sociedade também não deve ter medo…´ Não tenham medo! ’. Está escrito na bíblia 365 vezes, o número de dias do ano”.

Diz o jornal da Madeira que estiveram presentes na Missa altas autoridades, nomeadamente o Chefe do Estado-maior da Força Aérea e que duas leituras religiosas foram feitas pelo presidente e vice-presidente da câmara. Leituras litúrgicas feitas por iguais no ambiente santo da ‘ Santa Madre Igreja Católica ‘, o mesmo, por certo, seria feito, pela Igreja em qualquer outro regime, mesmo que fosse o comunista. Seria?

Parece que todos o consideram a reincarnação do marquês de Pombal - o próprio D. Alberto João vive desse alter-ego. Seria o seu sucedâneo na Madeira, nos séculos XX e XXI – sim, João Jardim já governa, em regime absolutista, a Madeira desde o século passado –. A obra realizada, segundo métodos autocráticos idênticos, podem justificar essa presunção, que até me parece justa.

Todavia por cumplicidades imensas e muito pouco corajosas, têm-se perdido a oportunidade de demonstrar que sem tirania também se pode fazer tão excelente, ou melhor obra, mas o que tem acontecido, é que os sucessivos desvios de direita e autocráticos do Partido Socialista e a falta de uma Governança à esquerda têm mantido de pé o teorema da eficiência do autoritarismo, proto–totalitário.

Portugal ! Lutemos pelo futuro livre e democrático. É a Hora!

LUTEMOS. VENÇAMOS A AMEAÇA NO VOTO.

andrade da silva

PS: Divulguem os factos, seria importante haver um amplo conhecimento sobre esta realidade.

sábado, 22 de agosto de 2009

CORAGEM


Alento



Névoa azul

ou céu cinzento

veludo por inventar

na ascensão de poetas

às estrelas a boiar.

Nuvem de sonho, miragem

paraíso por escrever...



A força é termos coragem

da coragem nos doer.



Marília Gonçalves

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

CIBERPOLÍTICA, CONSPIRAÇÕES, ESCUTAS, PARANÓIA. QUE SE PASSA EM PORTUGAL?




Com os ditos disparates de verão, segundo o 1º Ministro, escutas aos assessores do Sr. Presidente da República, segundo o jornal Público e paranóia, segundo outros, estamos a atingir o ponto zero da entrada no Inferno de Dante, agora, na época da Revolução tecnológica. Todavia, e apesar, de tão diferentes posições, plausivelmente todos têm razão, isto é, há disparates, escutas e esquizofrenia, mas porquê?

Somente porque atingimos um grau muito elevado no cinismo e de indignidade politicas, que ninguém acredita em ninguém, crê-se que os órgãos de supervisão estão bloqueados. Os tempos anunciam graves riscos para a democracia. Psicologicamente, um número imenso de cidadãos já se sente a viver em ditadura. Toda a gente se sente escutada, e se o Estado declarar uma ciberguerra aos cidadãos isso é possível. Se a isto juntarmos as noticias que correm que as nomenclaturas dos partidos com assento parlamentar calaram as vozes discordantes, então, a democracia parece estar na ante câmara da morte, e os seus coveiros, de um modo ou de outro, são os partidos e as organizações que dividem o poder entre si, dividindo-o antidemocraticamente intra-partido ou intra-organização

Numa conferência no Instituto de Defesa Nacional, o Sr. General Ramalho Eanes declarava que o povo português estava cheio de medo, foi-lhe, então, referido que esse medo não era ontológico, era apreendido, tinha sido imposto como um facto social de fora das pessoas para o seu interior, pela Inquisição, pelo salazarismo e, agora, pela ditadura informática que uns mal informados e outros mais bem informados, dizem ser usada pelos serviços de informações em larga escala, ou seja, não há e-mail, comunicação telefónica que não seja analisada para ver se tem determinadas palavras-chaves, como Governo, 1ºMinistro etc., e a partir daí parece que o pobre cidadão é fichado e escrutinado.

É verdade, é mentira que importa isso, se é plausível e talvez provável? Esta denúncia da casa civil do Presidente da República, é mais uma que se segue a outras. Foi o caso do envelope nove, os aparelhos de escuta no gabinete do procurador, as escutas a Ferro Rodrigues, enfim, um mar de violações da Constituição e das leis do Estado de Direito, sem nenhuma consequência para os prevaricadores, o que deixa o país atónito e claustrofóbico, consequentemente, muita gente vive já por antecipação um ambiente politico e social totalitário.

Este estado de coisas pode interessar a alguém?

Não, não pode. Só mesmo interessa a quem queira destruir a democracia. Se de facto não se quer destruir a DEMOCRACIA, ENTÃO QUE A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, A QUEM CABE FISCALIZAR OS SERVIÇOS DE INFORMAÇÔES, A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, O GOVERNO, A PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA, O PROVEDOR DE JUSTIÇA e o ÓRGÃO DA PROTECÇÂO DE DADOS, SE REUNAM DE EMERGÊNCIA, E GARANTAM QUE O ESTADO NÃO USARÁ O CIBERESPAÇO PARA ESMAGAR A LIVRE EXPRESSÃO DA CIDADANIA, E, ESTE FACTO, QUE É UMA EMERGÊNCIA NACIONAL E DEMOCRÁTICA TODOS OS DIAS, É-O, AGORA, COM MAIOR EVIDÊNCIA, PORQUE ESTAMOS NUM PERÍODO ELEITORAL.

SERIA TAMBÉM ÓPTIMO QUE TODOS OS PARTIDOS SE PRONUNCIASSEM SOBRE ESTA MATÉRIA.


andrade da silva



quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ATT Pais e Educadores




DOCUMENTÁRIO PORTUGUÊS SOBRE A ALIENAÇÃO PARENTAL



A Associação Pais para Sempre, com a apoio da escola Restart, está a elaborar um documentário sobre o fenómeno da Alienação Parental em Portugal.
Este projecto tem como referência o documentário brasileiro intitulado 'A Morte Inventada', sobre a mesma temática, tendo como proposta os testemunhos dos envolvidos directamente neste fenómeno (filhos e progenitores), bem como dos profissionais da justiça, assistentes sociais e académicos especialistas nesta área.

O documentário propõe-se contribuir para a reflexão deste assunto entre os pais, psicólogos, advogados, juízes, promotores do ministério público, assistentes sociais, pediatras e todos os envolvidos neste drama familiar.

Tem igualmente como objectivo chamar à atenção dos legisladores da República Portuguesa, responsáveis públicos pelas áreas da Família e Justiça, profissionais da área da Saúde e a população em geral, de forma a criarem-se instrumentos preventivos de tais comportamentos por parte dos progenitores.

O Síndrome de Alienação Parental foi pela primeira vez identificado pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner (1985), no qual se identificam comportamentos por parte de um pai / mãe em manipular o seu filho com a intenção de predispô-lo contra o outro progenitor, cada vez mais frequente depois de um divórcio ou separação e mesmo em famílias não separadas.

Este Síndrome é característico em crianças que estejam envolvidos no processo de divórcio/separação, visto que é provocada pelo progenitor responsável pela alienação, mediante uma mensagem e uma programação, constituindo o que normalmente se denomina lavagem cerebral. As crianças que sofrem desta Síndrome, desenvolvem um ódio patológico e injustificado contra o pai ou mãe alienado, e tem consequências devastadoras para o desenvolvimento físico e psicológico destes. Consequentemente a Síndrome afecta também a familiares do progenitor alienado, como avós, tios, primos, etc. Outras vezes, sem chegar a sentir ódio, a SAP provoca nos filhos uma deterioração da imagem do progenitor alienado, resultando em valores sentimentais e sociais menores do que aqueles que qualquer criança tem e necessita: o filho(a) não se sente orgulhoso de sua mãe ou pai como as demais crianças. Esta forma mais subtil, que se valerá da omissão e negação de tudo o que se refere à pessoa alienada, não produzirá danos físicos nos menores, mas sim no seu desenvolvimento social e psicológico a longo prazo, em particular na idade adulta exercerem o papel de pai ou mãe.

PROCURAMOS, ASSIM, PAIS E FILHOS VITIMAS DE ALIENAÇÃO PARENTAL, DO NORTE AO SUL DO PAÍS, QUE QUEIRAM DAR O SEU TESTEMUNHO NESTE DOCUMENTÁRIO, SENDO GARANTIDO AS SEGUINTES QUESTÕES:

- Será realizado um contrato contendo os termos e condições da participação no documentário.

- Todos os entrevistados têm a possibilidade de serem ouvidos anonimamente com garantias de confidencialidade e discrição.

- São dadas todas as garantias de anonimato às crianças filhas dos pais inquiridos, sempre que seja solicitado.

- Aos entrevistados será dada a garantia de que terão a possibilidade de visionar e editar o seu material antes da versão final ser publicada.

As entrevistas/filmagens estão previstas serem realizadas durante o mês de Setembro em Lisboa.

A Equipa Editorial deste documentário é constituída por: Ana Luísa (Psicóloga), Bárbara Bettencourt (Jornalista), Fernando Sequeira (Pais para Sempre), Patrícia Portela (Assistente Social), Ricardo Simões (Pais para Sempre), Sandra Alves (Psicóloga/Pais para Sempre)

Para participar neste documentário ou qualquer outra informação deverá contactar:

Ricardo Simões

rfms@netcabo.pt

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

LUA


À Sandra, com um beijo madeirense de sol, mar e
serras.


Há sempre, algures, céu azul,
Onde, brilha o Sol,
Cintilam as Estrelas,
E, com seus raios de prata,
A Lua, nos Inebria.

Os caminheiros –
Uns guerreiros, outros, quiçá negociantes,
E, ainda, outros, muitos outros,
Muitas, e tantas outras, coisas,
Alguns, mesmo, lousas –
Nem sempre olham as constelações,
O caminho é pó, pedra e dor,
Só há tempo para viver e caminhar,
E, por vezes, até, este tempo, nos falta.

Sou um caminheiro, de caminhos mil,
Todavia, num dia, deste calendário analógico,
Numa noite de Céu estrelado,
Num beijo de paz,
Num ápice de um encontro
Do mar, do céu e da terra,
Num lugar único,
Numa hora de ditosa inspiração,
Levantei o olhar,
Da poeira dos caminhos.

Ergui a alma e o coração,
Para o alto Monte;
Lancei o olhar para o firmamento,
E, finalmente, vi,
Lá, bem no alto, aquela Lua de Prata,
Diamante puro.

Está longe, mas está sempre presente.
Não é de ninguém. É de si mesma,
Mas é amiga, suave e benfazeja.

Ilumina nas lonjuras do Cosmos:
Um grande passo para um homem,
Um pequeno passo para amizade,
Que vence todas as distâncias.

E, como resplandeces sobre as águas
Deste imenso mar salgado!
Oh Lua!


Da Terra, e desta ilha
De penhascos, verdes e cheiros,
Envio-te um beijo madeirense de Sol, Mar e Serras.

Oh Lua!

João


PS: Reconheço toda a beleza deste computador, mas a minha antiguidade inclina-me por uma

velha predilecção pelo bloquinho de notas A6.

Li com agrado no DN/ Madeira um texto do meu antigo colega de liceu Catanho Fernandes que convidava os leitores a fazerem análises introspectivas, belo conceito, caro Catanho.

domingo, 9 de agosto de 2009

A SIMPATIA ANTIPÁTICA DE UM DEUS





Estou na Pérola do Atlântico, na Madeira, onde, bem vejo que são férias, e que o Mundo não tem concerto. Não há crise, Deus continua a ser generoso para o ricos. Vivem, como nunca viveram, e os mais desgraçados continuam a ser servos e escravos, com a cerviz dobrada, como sempre foi da sua condição. O esclavagismo e a Idade Média não passam. Mas com este bom Povo, para quê o raio da ditadura fascista ou outra? porcos, malditos!

Todavia estou na Madeira, é Agosto, quero falar de antipatias dos deuses. Há dias a minha irmã, que é médica, olhou para um sinal que me acompanha, e disse-me - Bem! Deves ir ao médico - . Disse-o com ar circunspecto, e eu que desconfio que vou morrer de cancro, lá disse: está cá o maldito, e eu que até me besunto com cremes anti- UHV e o diabo a quatro! Mas como a minha madrinha, que é nossa senhora do Socorro, não me deve a dar a devida atenção, devo estar tramado, de um, ou outro modo.

Marquei há uma “porradaria” de meses a consulta, num dos hospitais militares, (só vantagens, não é?) para o dia 3 de Agosto. Como não tenho carro, e não conheço a rede de transportes públicos, o que, também ninguém conhece, percorri longas distâncias a pé. Transpirei, e lá disse, para comigo, o médico dermatologista não me vai dar consulta, assim, transpirado lá vai pensar que ainda apanha sida, e põe-me na rua. Bem, não foi assim, mas o diabo está sempre atento, e prega grandes partidas.

Cheguei ao Hospital, fui ao guichet das consultas, queria pagar, porque acho que se deve pagar, mas disseram-me que era gratuito. Agradeci, não sei a quem, a mercê, mas de facto queria pagar. Recebi como senha o nº 64, fiz mais umas perguntas para nova inscrição, não havia vagas, deram-me um telefone que tem quatro velocidades: impedido; não atende; ou não há vagas, no fim do mês volte a telefonar; e a melhor de todas, mas rara, há vaga, daqui a três meses.

Depois, desloquei-me para o lugar das consultas, quando lá cheguei, já ia no 67, perguntei a uma linda menina-funcionária como era, disse-me que as senhas não contavam que me pusesse na bicha junto à porta do médico que ele logo me chamaria. À minha frente estava um veterano que me disse que ali era assim, o que, a sua mulher confirmou, e que o médico era meio assim, assim, que tinha trabalhado ali 26 anos, e que o conhecia muito bem. Fiquei esclarecido, aliás, como o médico veio à porta, chamar o veterano, o meu olho clínico de psicólogo pôs-me logo de sobreaviso. Já dei algumas consultas de psicólogo em troca das de medicina, só que a minha foi gratuita e a que recebi não. Enfim coisas da vida. ..

Entretanto, o veterano sai o gabinete, eu era o doente seguinte, ele diz-me para bater à porta do gabinete, o que faço sem hesitar. Bato, peço licença para entrar e o “alarve” do médico perguntou-me quem eu era, estive para lhe responder torto, porque jamais aquele senhor me operaria, mas respondi, de um modo rotineiro, sou um doente, devia ter acrescentado que ainda me “passava”, mas fiquei pela redundância.

Perguntei-lhe se queria que saísse, que não, porque já estava dentro do gabinete, senti-me praxado e pensei, logo, que há 20 anos um outro esperto me tentou praxar. Cheguei atrasado a uma acto de serviço, e o senhor que o conduzia, sendo bem mais antigo que o capitão que eu era, mandou sentido a todo o pessoal, e pediu-me autorização para continuar, mas o que fazer, já sabia das praxes da Academia Militar, então, pedi –lhe: V. Exa., meu…. Dá-me licença, que lhe dê licença, para continuar com a sessão. O senhor deu a respectiva licença, que lhe enderecei, e a coisa se resolveu. Enfim praxes…

Julgava que o Mundo dos Deuses era inteligente, mas há sempre gente que consegue diplomas, exames de estado com graves défices ao nível da inteligência geral, e, sobretudo, da emocional… Mas, lá vem a consulta disse-lhe veja se este sinal é o maldito de um cancro? Que não que não era, é um sinal vulgaríssimo. Será? Agora já não sei nada. Terei de ir a outro médico. Falei-lhe ainda de sinais da idade, e lá me deu uma solução, garroteá-los. Amarrá-los com um linha, colocar um penso rápido, eles não recebem sangue, infectam e caem. Como me falou de infecção ainda lhe perguntei se ponha betadine. Disse-me que sim, mas será que ele esteve a gozar, comigo?.... talvez não!?...

O médico era de raça indiana, recordo-me que uma vez queria tratar da enurese de uma criança africana, e a mãe lá me dizia que aquilo se tratava colocando peixe debaixo da fronha, foi o cabo das tormentas, para explicar que estabelecer uma relação causal entre uma coisa e outra era muito difícil, mas que há coisas que, nós pobres estudiosos da coisa cientifica, não conhecemos.

De qualquer modo, vou experimentar garrotear um desses pedúnculos, depois, verei. Só que com toda esta perturbação havia mais um sintoma de que queria falar, mas até me esqueci, e, agora, que fazer? Voltar ao mesmo médico, pelo amor de Deus! Vou tentar dizer que não quero mais o senhor, mas só depois de executar os pedúnculos, com o tal garrote.

Todavia, se nada disto parece muito simpático, a verdade é que o médico não parecia agressivo, tinha até um sorriso meigo, ou talvez trocista? Pareceu-me um sorriso simpático, mas o Diabo tem muitos nomes: Satanás, Mafarrico etc. etc..

Gozem o momento.

asilva



sexta-feira, 7 de agosto de 2009


Aragem



Pelos livros que me ofereces

ou a música inspirada

onde estão todas as preces

laicas e silenciadas...

por enviares da distância

imagens sons e história

por me devolveres infância

além do fio da memória;

porque meu irmão teu gesto

é seara sementeira

do tempo que ao passar lesto

lavra a palavra colmeia;

porque um enxame de luz

borboleteia pra mim

no desenho ainda azul

do nosso país jardim;

cada livro é o caminho

cada som é nova estrada

a escrever asa no ninho

na minha árdua escalada

onde vou subindo a gosto

mesmo se a custo, porém

vejo ardentias de Agosto

no Janeiro que aí vem.



Ai arte, ai cultura

ai livros vontade

palavras ternura

na voz da saudade.



Ai vento, ai maré

Ò ai, sementeira

pois ser-se quem é

é uma maneira

de rasgar distância

de abrir pensamento

de espalhar cultura

nas asas do tempo.



Pelos livros que me ofereces

esse baú de palavras

cofre de imaginação

é que acordo tantas vezes

a ver crescer coração!




Marília Gonçalves

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Os POETAS PRESENTES



Poeta castrado não!

Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.

Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:

Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?

Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?

E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!

Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Ary dos Santos

terça-feira, 4 de agosto de 2009

ISALTINO COSPE NA CARA DA JUSTIÇA, DE PORTUGAL E DOS PORTUGUESES


Isaltino vai ser o novo Presidente da Câmara de Oeiras. Isaltino como a Sra. Felgueiras, como os Srs. Oliveira e Costa e outros, como todos os poderosos, ou são absolvidos, ou mesmo quando condenados são sempre absolvidos, porque, com recurso atrás de recurso, os processos prescrevem, como tem acontecido noutros casos, e estas pessoas não têm qualquer consciência ética, vivem muito bem com o sentimento de culpa, mesmo que por negligência tenha morrido gente, que importa isso, se o reino deles e a sua riqueza se mantêm incólumes.

Todavia o Sr. Isaltino não devia poder ser candidato até ao completo esclarecimento da verdade, e ainda mais devia ser preso preventivamente, porque há um grave risco de continuar a actividade delituosa, dado que o Tribunal diz que a praticou no exercício das suas funções, e o senhor teima em que está inocente, quando as suas práticas têm traços objectivos e materiais evidentes. Então, se não aceita que fez o que fez, é um sinal que considera correctos os actos que praticou e nada o impedirá de os continuar a realizar de forma continuada e sistemática. Ou, assim, não será de supor? Ou será que de facto nestes casos o raciocínio lógico tem o conteúdo de uma batata?

Estamos em Portugal e não na Sicília estas cenas têm de ser banidas da democracia Portuguesa, através de leis de defesa da honradez e da probidade no exercício de cargos públicos, de tal forma que todos os cidadãos indiciados e pior condenados por crimes graves de corrupção não possam até ao claro esclarecimento da verdade exercerem cargos públicos.

Também nestes casos os recursos, havendo o perigo da continuação da actividade delituosa e da indignificação da democracia, da República e do Bom-nome do País deviam ter um tratamento processual muito urgente, assim, a lentidão da justiça funciona neste e em muitos outros casos como a bomba atómica que destruirá a Democracia em Portugal e a Imagem Internacional de decência que Portugal está em vias de perder.

Honra à juíza que quer pôr termo a este escândalo da corrupção tentacular na Politica. Vivemos envoltos por um grande polvo que a justiça não consegue combater, e, assim, os cidadãos são chamados a travarem este combate decisivo.

Isaltino não pode, nem deveria ser candidato a nenhum cargo público, o voto não o inocenta, portanto, até ao completo esclarecimento da verdade a República tem de criar leis que impeçam estes actos vergonhosos que mais parecem de outras zonas do globo.

POR PORTUGAL É PRECISO EXTIRPAR ESTES TUMORES. ALGUNS MILHARES DE CIDADÃOS NÃO PODEM DISPÔR DO DIREITO DE ENVERGONHAREM E CUSPIREM NA CARA DE MILHÔES DE CONCIDADÃOS.

Andrade da silva

domingo, 2 de agosto de 2009

COMPROMISSO PORTUGAL UM LOBO INTELIGENTE E BEM PENTEADO COM O RABO DE FORA




Como liberais sérios e competentes, produziram uma competentíssima avaliação a este governo, têm grandes recursos financeiros e know-how, honram-se, parabéns. Fizeram um trabalho de excepcional mérito, o que é um bom exemplo do que a sociedade civil rica pode fazer. Que o seu exemplo seja seguido pelos democratas da esquerda parlamentar e extra-parlamentar, embora não contem com os mesmos recursos financeiros. Temos de ser mais criativos.

Consideram que este governo não conseguiu atingir as suas principais metas. Não modernizou o país, não aumentou a coesão social, não criou um desenvolvimento sustentado, aliás, já antes da crise de 2008 todos os indicadores macro económicos eram maus, e estávamos em divergência com a Europa, em vez de crescermos ao nível dos 3%, crescíamos 1%, portanto, este governo, de um modo geral, foi mau, embora tivesse agido bem em alguns sectores, segundo o juízo do Compromisso Portugal, como vamos ver.

Foram boas medidas o plano tecnológico, este, dizem em parte, porque lhe faltou enfoque e adequada estratégia, (então, deveria ter sido um desastre, pequeníssima contradição, mas… ) contudo toda a gente concorda que resultou num bem para o país, também o foram a aprendizagem do inglês, as aulas de substituição, estas, é duvidoso e a diminuição do insucesso escolar, o que, merece alguma reserva, porque passar pessoas sem terem competências é bluff.

Obviamente que o compromisso Portugal considera como positivas todas as medidas tomadas, sem a devida ciência e competência, contra os funcionários públicos, como a (pseudo)- avaliação, o congelamento de salários e de promoções, o aumento da idade da reforma e o facto da ADSE se equipar à segurança social e o regime da caixa geral de aposentações se tornar idêntico ao geral, tudo medidas que o Compromisso aplaude, achando que deviam ter ido mais longe, porque ainda há funcionários a mais, o que, com o modelo de segurança social do estado criam uma grande pressão sobre as contas públicas.

O Compromisso Portugal critica os grandes projectos, porque só teriam reflexos no curto prazo, e considera que estes projectos devem ser plurianuais. Considera que tudo quanto o governo fez para afastar o estado de determinadas áreas foi bem feito, como a desjudicialização de dados processos, o que o bastonário da ordem dos advogados contesta, por exemplo no caso da resolução de hipotecas, diz que se passam actos inaceitáveis etc,.

Entende o compromisso Portugal que o Estado deve garantir um generoso serviço de apoio às populações, mas não deve ser o seu prestador. Todavia estes tão generosos senhores não fizeram uma conta que fosse, quanto à gestão empresarial dos hospitais, e sobretudo não sabem dizer que ser atendido nas urgências do Hospital da Luz e fazer um penso, com o cartão da ADSE, custa cerca de 30 €.

Diz ainda o Compromisso Portugal que este governo protegeu com legislação adequada os consumidores dos abusos dos bancos, ninguém sabe bem como, porque os bancos aplicam taxas e sobretaxas a seu bel-prazer. Ainda segundo o mesmo Compromisso, o Governo agiu bem na actual crise, protegendo a banca, e, aqui nem uma palavra sobre os 2 mil milhões de euros para defender o BPN, embora não se percebe de quê, porque até perece que é um pequeno banco, mas com accionistas de grande peso e muito dinheiro. Defendeu-se o sistema bancário ou os dinheiros dos grandes senhores que lá estão até porque o procedimento adoptado com BPP é outro, porquê?

Considera que este governo esteve mal ao permitir o crescimento da divida externa, e para a combater propõe medidas criativas, como a moderação salarial, o aumento da poupança privada e pública, esta com a diminuição da despesa pública e do défice, a obter com o emagrecimento da função publica e com menor despesa no tal estado social generoso que, segundo o Compromisso se torna mais económico contratualizando os serviços com o sector privado, como já acontece na saúde, de que se desconhecem os saldos, e o Compromisso Portugal que tem tantos dados não os refere. Será porque não interessam às suas teses que têm, como dizem, o objectivo de servir a felicidade dos portugueses?

Todavia é interessante verificar que o grande défice externo é na balança energética, sendo assim pergunta-se será que quem mais pesa nessa balança é quem trabalha e ganha 600€? E também diz o mesmo compromisso para as pessoas pouparem mais, mas deverá ser um pouco difícil se ganharem menos pouparem mais, por outro lado, esquece o Compromisso Portugal que na balança alimentar podemos melhorar as coisas se recuperarmos a agricultura e as pescas etc.

Propõe o compromisso Portugal para não regressarmos a 75 que avancemos com a qualificação dos trabalhadores, com serviços públicos de qualidade, com uma melhor interacção entre o estado e as organizações dos cidadãos, neste caso resta saber se dos doutores ou de todos, mas também com o tal estado generoso mas não prestador de serviços e com um novo modelo de empregabilidade com (muita) flexibilidade e ( um mínimo) segurança.

Tudo quase correcto, mas sobre corrupção nem uma palavra, mas sobre a existência de uma justiça para os ricos e outra para os pobres nem uma linha, mas sobre offshores nada, simplesmente não existem, e sobre a imoralidade dos prémios dos gestores um completo silêncio, sobre a fuga ao fisco dos profissionais liberais e empresários nem se lembram se isso existe em Portugal, sobre economia subterrânea também, nada, assim, que grande compromisso quer fazer com Portugal.

Tem razão quando diz que este governo está auto satisfeito, apesar de não ter conseguido os bondosos objectivos que o Compromisso Portugal considera importantes, diminuição da despesa pública com a penalização das corporações dos servidores públicos e a diminuição das despesas do estado social.

Mas, embora, não interesse ao Compromisso Portugal seria bom saber se a despesa pública não diminuiu para onde, então, foi o dinheiro poupado com o congelamento dos salários e dos escalões dos funcionários, com a drástica diminuição dos valores das reformas e ainda com as poupanças maldosas e dramáticas na saúde, onde, todos começaram a pagar mais e a tratarem-se menos? Será que estas poupanças serviram para pagar os prémios e indemnizações milionárias e imorais a gestores públicos etc.?

O Compromisso Portugal acha que as reformas que nivelaram a vida dos cidadãos pelos mais baixos escalões sócio-profissionais estavam no bom sentido, pecaram por ficarem aquém do que o Compromisso considera desejável. Mas com tantos dados analisados não poderiam ter levantado o circuito do dinheiro, resultante da diminuição forçada da qualidade de vida de largas centenas de cidadãos? E, assim, nos poderíamos sentir motivados para mais sacrifícios, se essas poupanças foram bem aplicadas, ou, contrariamente, se foram para salvar bancos, onde, muita gente de poder teve ganhos especulativos, entre eles o Sr. Dias Loureiro e outros magistrados da Nação, então, só nos podemos sentir ludibriados.

Por tudo isto propõem um compromisso com Portugal ou com alguns senhores de Portugal, para que sob o manto de um conjunto bondoso e sábio de propostas como qualidade dos recursos humanos, desburocratização do Estado, boas infra-estruturas de transporte, qualidade ambiental, boa interacção entre universidades e empresas, se aumente a felicidade dos que já são felizes, tornando mais desigual a distribuição da riqueza, através da moderação salarial e de um trabalho completamente flexível ao nível dos despedimentos e nada seguro quanto ao emprego e à protecção no desemprego?

Também é muito estranho que este compromisso só fale dos idosos para dizer que o governo com a pensão para os idosos só atingiu um terço dos que referiu ir abranger, como se o problema dos idosos se revolvesse, ou sequer atenuasse com essa pensão que não cobre por exemplo a despesa com um dos medicamentos para a Alzheimer que rondará os 125€ mês ao idoso. Que grande compromisso este, mas com quem, com PORTUGAL? Por Favor!

Como só 10% da população vive faustosa e majestosamente, outras 20% muito bem, e os outros 70% como a Deus é servido e 18 a 20% destes vivem abaixo do limiar da pobreza, o que o Compromisso Portugal ignora, pois que o seu compromisso é privilegiadamente com aqueles 10% dos portugueses e na melhor das hipóteses com 30%, podendo ainda pela música seduzir mais alguns que gostam que lhe dêem música divina.

Enfim, grande esforço para continuarem a defender a receita liberal, agora, com uma segurança social dita generosa, mas assente no sistema misto, estado e capitalização, em de fundos de seguradoras que o que mais fazem é espoliar os utentes ou metê-los em processos judiciais intermináveis.

Todavia sendo Portugal um dos países mais desiguais da Europa e sendo necessário produzir mais riqueza, ser mais produtivo a nível do trabalho e da gestão, poupar mais etc. o Compromisso Portugal não operacionaliza nada sobre como distribuir melhor a riqueza, limitando-se a falar de um modo adjectivo de uma fiscalidade simples, eficiente etc., ora para quem defende o bem geral é muito significativo que esqueça estas pequenas minudências, obviamente.

É e significativo para a natureza deste governo e para a do próprio Compromisso Portugal que haja uma identificação com tudo o que o governo fez contra maioria das pessoas que só criticam por não terem sido ainda mais graves e discordem com todas as medidas de carácter social

MY GOD! Para longe, muito longe, este Compromisso, que com Portugal tem pouco, mas tem demais com os que nos tramam a vida há muitos anos, anos demais. Valha-nos o facto do 25 de Abril, ainda, os incomodar, o que dá uma grande alegria a quem participou em tão grandioso acto, o único que ainda tira o sono a esta gente bem pensante e muito competente a dizerem o que lhes convém. IMORTAL 25 de ABRIL.

asilva