segunda-feira, 4 de agosto de 2008

05 - POEMÁRIO * Os sinais...

Das cinzas do tempo, evadem-se os sinais...

Será Nero declamando os seus poemas medíocres
às chamas que devastam Apolo e Roma?Será Petrónio burilando a elegância do verbo,
enquanto acaricia as veias que irá cortar?

Serão as sombras ignaras do pão e circo

expulsas pelo remorso dos tempos
do sossego do nada onde apodreceram?

Ou serei eu, aqui, a reinventar o pesadelo

do martírio intemporal dos impérios?



José-Augusto de Carvalho
4 de Agosto de 2008.
Viana  * Évora * Portugal

Sem comentários: